Nossa situação hoje
Se você é cristão, sabe muito bem o tamanho do desafio que enfrentamos hoje como igreja. As dificuldades são muitas, em nível local e micro e também em nível global e macro. A crise de identidade é um problema básico: são tantas linhas, denominações, instituições, escolas teológicas e correntes, que, não só nossa unidade como povo de Deus, se vê ameaçada, como também perdemos, como indivíduos, o senso de integridade cristã. O que afinal é ser cristão?
Paralelo a essa força destrutiva interna (que é na verdade uma falta de força, uma fraqueza) existe uma externa: o sistema mundano, sem Deus, avança afoito gerando muitas misérias (social, econômica e ambiental), muita confusão religiosa, muita depravação sexual e conseqüentemente, muita tristeza. O conforto, os avanços científicos e tecnológicos beneficiam (ou afogam) somente uma parcela da população, enquanto que a grande maioria continua entregue à tirania da natureza.
A Saída
Jesus Cristo pregou a chegada do Reino de Deus, o qual é a única alternativa para estas ameaças internas e externas. Contra aquilo que nos rouba a identidade e integridade humanas em nossa alma e contra aquilo que externamente ameaça nossa existência seja como sistema econômico ou natural, o Rei apresentou-nos uma solução justa, pacífica e alegre com a chegada de seu reinado.
O Desvio
Ao longo de 2000 anos de cristianismo era de se imaginar que a expansão desse Reino fosse falsificada ou dissimulada por outras propostas que confundissem a mensagem original trazendo ao invés de salvação, perdição para a humanidade. Conseguir reencontrar o Rei e seu Reino em meio ao labirinto institucional da presente era não é tarefa nada fácil. O sinal indicando o caminho para a pureza, a perfeição, a salvação e as maravilhas celestiais pode levar à porta de uma seita de fanáticos. Ainda que a porta não seja de uma seita, basta que a pessoa que lidera a “igreja” ou “denominação” seja um maluco religioso para que todo o projeto eclesiástico se veja seriamente comprometido - tais líderes não entram e não deixam outros entrarem.
O Evangelho da Graça
Plantar igrejas e fazer a receita crescer não eram as tarefas de Jesus Cristo. Freqüentador assíduo das sinagogas e do templo, Jesus era muitas vezes expulso destas casas de oração e devoção sob ameaças de morte. E levava consigo muitos. Nos lugares que passou, não estabeleceu lideranças, não passou a sacolinha, não construiu prédios, não começou seminários.
Jesus fez (após os seus 30 anos de idade) basicamente duas coisas: ensinou e curou. Curou, porque as pessoas estavam doentes. Ensinou, porque elas queriam aprender.
Antes disso, Jesus de Nazaré, viveu uma vida puramente normal, ou seja, esteve com sua família paterna, trabalhou, seguiu sua religião (o judaísmo) conviveu com as pessoas e com seu Deus, seu Pai.
Embora nunca mencionasse essa palavra, Jesus foi uma pessoa que irradiava graça. Ele se dava para as pessoas. Foi tão gracioso que se submeteu até o ponto de suportar ser tratado como um criminoso, ser condenado à pena de morte e sofrer cruelmente em uma cruz.
Jesus ressurgiu, continuando assim a fazer aquilo que mais lhe dava prazer: viver! Viver junto de seu Pai e junto de seus amigos, agora irmãos.
A guinada
A igreja que o Senhor está edificando possui essa característica primordial: lugar de vida, vida amorosa, vida normal, vida graciosa. Onde é este lugar? Em qualquer lugar, porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles (Mt 18:20).
O retorno que a cristandade hoje precisa fazer, urgentemente, é assumir o caráter pessoal, individual e privado do “ser cristão” e exercê-lo nos relacionamentos sociais mais próximos, família, trabalho e vizinhança. Foi assim que Jesus e os apóstolos viveram o Reino. Essa é a tradição que nos foi passada, originalmente. É nesse resgate e reforço de identidade que reencontraremos nossa unidade a qual nos dará a força necessária para que o Reino de Deus continue oferecendo graciosamente a este mundo justiça, paz e alegria no Espírito Santo, em outras palavras: Salvação.
“Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.”
Olá Roger
ResponderExcluirgostei do visual dos seus blogs - vou ler o artigo completo de good religion needs good science
abraços
eduardo
Roger,
ResponderExcluirO Cristianismo tem que ser vivido no nível pessoal e comunitário. Era isso que se via na igreja primitiva em Atos. Parabéns pela postagem.
Abraço.
Roger,
ResponderExcluiresse texto é uma ótima inspiração para uma boa discussão de grupo!!
Vc me empresta o tema ?....rsrsss
Esses são assuntos dos quais os verdadeiros cristãos não podem fugir! é preciso pensar e busca em Deus as respostam para as novas atitudes que deveremos tomar em breve !
Na Graça, pela Graça e com a Graça de Cristo, mil bjkas pra vc !!
Oi Eduardo,
ResponderExcluirmeu pai pediu para mudar o visual... por isso essa cor amarela no fundo, agora.
Obrigado pela visita.
Roger
Juber,
ResponderExcluiro aspecto comunitário é o meu principal desafio.
Ultimamente a blogesfera tem me prestado muito para exercitar esse intercâmbio com irmãos, mas sei que é um instrumento ainda muito limitado e não pode se comparar ao convívio olho no olho.
Bom domingo,
Roger
Amiga Alice,
ResponderExcluircomo simples plebeu na blogesfera e mundo cristão, fico na espera dos movimentos da nobreza.
Mas estamos vivendo já um novo tempo, apesar dos perigos.
Abrçs,
Roger