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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Palavras no silêncio da despedida

formatura com mamae

Talvez o silêncio da morte, da tristeza e da dor, especialmente hoje, esteja cantando vitória em um canto mudo. E isso me incomoda.

A natureza roubou de mamãe através da doença, um dos dons mais preciosos que temos, o de falarmos.

Como toda mulher, mamãe sabia muito bem usar este dom. Sempre cercada de boas amigas ela falava e conversava com prazer e transmitia vida e graça.

Sou grato a Deus e a ela pelas não poucas vezes que usou seus lábios para me consolar em um momento de tristeza. Sou grato pelas palavras de sabedoria em nossa educação na infância e até mesmo na idade adulta, quando em uma crise mais séria recorríamos a ela.

Como adolescente recebi de mamãe uma Bíblia, e ali aprendi que nosso Deus é um Deus falador. Seu Filho Jesus não se fazia calar tão facilmente e é conhecido em todo o mundo por suas palavras de Vida Eterna.

E é justamente essa esperança de vida eterna e ressurreição que consola o meu e o nosso coração hoje.

Mamãe soube usar muito bem todas cinco linguagens do amor: o afeto, o serviço, as dádivas, o tempo em comunhão e as palavras.

Em gratidão por suas palavras e em sua memória, hoje, ao ter que escolher entre o silêncio e o falar, eu preferi o falar.

Palavras que proferi por ocasião do velório de mamãe.

9 comentários:

  1. Roger querido,

    ainda estaremos todos juntos, falando e cantando muito em Glória e na Glória !

    Louvado seja o Senhor que lhe deu uma mãe tão linda que te deixou tão lindas lembarnças !!

    Continuo contigo nessa hora .

    Abraços fraternos

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  2. Obrigado, Alice, você é também linda e especial.
    Seus diversos poemas é uma clara demonstração desse louvor e glória que desfrutamos aqui e desfrutaremos lá de forma plena.
    Um beijão,

    Roger

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  3. Do sofrimento nos sai muitas vezes belezas sem fim. Este seu texto é belo. Li, e senti! E quando isso acontece, quando nosso corpo se abala diante de qualquer obra, ali há poesia.

    Meus sentimentos, amigo!

    O que desejo a ti é justamente o que se percebe pelo seu texto que você já está encontrando -- consolo!

    Sinto muito também pelo fato de ter vindo ao Brasil e eu estar tão distante do meu estado querido, o que me impediria, de qualquer forma, de te encontrar pessoalmente pela primeira vez!

    Amigo, fique bem! E a gente se fala...

    Abraços (sempre) Fraternus!

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  4. Roger Fraternus da Deutschland

    Fico comovido e me uno a você nesses momentos de memória e gratidão a Deus pela influência positiva de sua mãe. Não é por nada, mas até seu apelido revela o baluarte que foi a herança transmitida. É o desdobramento da semente.

    Como bem disse Alice, estaremos na Glória comemorando a vitória final.

    Aceite meus mais afetuoso e fraterno abraço.

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  5. Estamos contigo, amigo. A morte é tão ilusória quanto o silêncio que ela parece encerrar.

    Me torturo agora por não ter lhe dado um segundo livro, de uma conterrânea nossa, a poetisa Henriqueta Lisboa. Entre as mãos e as lágrimas, tenho-o agora; esse pequeno volume que não é mais meu, a que Henriqueta chamou de "A flor da morte". Antes de encontrar a oportunidade de devolvê-lo ao dono - o que, espero, não tarde - deixo registrado um poema que sempre me estremeceu, que trata, evidentemente, da morte. Dedico-o a você e a sua mãe:

    SOFRIMENTO

    No oceano integra-se (bem pouco)
    uma pedra de sal.

    Ficou o espírito, mais livre
    que o corpo.

    A música, muito além
    do instrumento.

    Da alavanca,
    sua razão de ser: o impulso.

    Ficou o selo, o remate
    da obra.

    A luz que sobrevive à estrela
    e é sua coroa.

    O maravilhoso. O imortal.

    O que se perdeu foi pouco.

    Mas era o que eu mais amava.

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  6. Amigão Beto,

    por favor fique quietinho aí no Pantanal (ou próximo a ele), assim nosso primeiro e próximo encontro será numa das regiões mais bela do Brasil!

    Obrigado por suas palavras, vindas de um poeta nato, são mais que um elogio.

    É bom nessa hora ter por perto amigos como você.

    Abrçs, Roger

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  7. Caro Volney,

    esta esperança da glória, que é Cristo em vós, nos deixa como sonhadores. Será inimaginável a aquela festa final!

    Mamãe era uma artista que buscava sempre a unidade e o amor fraterno. Seu lema de paz era "quando um não quer dois não brigam".

    Um abração fraterno,

    Roger

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  8. Obrigado, Alysson,

    amei esse poema.

    Nada como ter uma iscazinha pra forçar nossa comodidade escolher aquilo que é o melhor para gente, como por exemplo, rever um companheiro querido.

    Mande lembranças para seus pais!

    Abrçs,

    Roger

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  9. Oi Roger tem tempo deixei aqui um comentario ao amigo e irmao, mas vejo que vc nao recebeu...meu comentario era: Estamos aqui mano conte conosco quando quizer e desejar, vc tem uma familia em Londres...Abracos Roger , Naty e Anna

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