Bem amados leitores e familiares o NOSSO ARRAIAL de hoje será em homenagem a uma pessoa com quem nós convivemos possivelmente alguns dos melhores momentos de nossa vida, graças a sua forma carinhosa e gentil para conosco, quando sempre se dirigia a mim com a forma toda sua e dizia: <ola deputado> e <ola tio Assis>. A conheci, salvo engano de uma mente cansada, há mais ou menos quarenta anos, quando ainda namorava ou já era noiva do meu irmão Augusto Ferreira Neto.
Quando viemos morar em Belo Horizonte, em julho de 1975, tivemos o privilégio de sermos acolhidos por ela em sua residência. Em dezembro do mesmo ano, quando ela e sua família iam de férias para Guarapari ficamos, eu e minha esposa e filha, morando em sua residência. Período que tínhamos mais tempo para podermos procurar uma casa para nossa moradia definitiva em Belo Horizonte.
Conseguimos encontrar uma casa velha, mas que para nós era o suficiente, principalmente porque estaríamos a meio quarteirão da casa dela. Graças a ela e ao seu esposo ficamos não muito tempo nesta moradia e pudemos mudar para um apartamento um pouco melhor.
E hoje por volta das 8:15 da manhã recebo um comunicado da minha irmã Ivone de que aquela pessoa havia falecido por volta das 5:50 minutos da madrugada devido a uma parada cardíaca. Levei um susto, apesar de achar que para ela seria a melhor solução. E como estávamos coincidentemente abrindo este link no computador para cumprir nossa agradável tarefa quinzenal passou pela nossa mente bem devagar um belo filme de várias partes, revelando toda a nossa convivência com ela. E no primeiro quadro a vejo toda bela, vestida de noiva e caminhando para o altar onde estava o meu mano todo feliz e sorridente esperando por sua deusa, sua futura benita. E vários quadros outros foram passando até chegar naqueles que marcaram bem fundo a nossa convivência.
O primeiro deles foi a ajuda financeira, através de empréstimos, que nos permitiram construir a casa onde residimos. Além da parte financeira nos ajudou também na parte de arquitetura, dando as suas opiniões com muita propriedade naquilo que deveria ficar em tal e tal lugar.
Outro momento marcante na nossa vida foram as viagens além das fronteiras brasileiras que pudemos fazer juntos eu, minha esposa Ilma e o seu marido mano Augusto. Foram momentos de muita felicidade e de distração, pois após o cansaço do dia íamos fazer a resenha do que havia acontecido conosco e caíamos em boas e gostosas gargalhadas nos vendo diante de estrangeiros procurando um meio de nos fazermos entender e também de entende-los, pois as línguas pátria eram diferentes.
O momento mais marcante aos nossos olhos e gosto aconteceu numa hospedaria no Paraguai quando dormimos os dois casais num mesmo quarto porque não havia mais quartos vazios. Como estávamos todos os quatro cansados das andanças do dia fomos dormir muito cedo. E lá pelas tantas da noite levantei e fui ao banheiro e aconteceu que a Rosarinha assustada gritou: Augusto, acorda que tem um crioulo (porque estava escuro eu não havia acendido a luz) aqui dentro. E eu com a minha calma tradicional falei: calma, calma Rosarinha sou eu.
E o momento mais triste aos meus olhos ocorreu quando viajamos em outubro, salvo engano da minha parte, para que eles, principalmente, pudessem conhecer sua netinha Anna-Lisa, filha do casal Rogério (seu filho) e sua nora Tanja que moram em Munique. Mas ficamos hospedados o maior tempo na casa de sua filha Denise que mora em Horgen na Suíça. Em nossos passeios diários pude sentir que a sua saúde não estava legal. Percebi que ela estava ficando muito dispersa (ou desligada) do que estava acontecendo e por isso comecei a ficar mais perto dela e preocupado em não despertar nos demais o estado declinante de sua saúde para não tirar dos outros a alegria e o prazer dos passeios. E ficava ao lado dela bem atrás dos outros muitas vezes com prazer porque minha gratidão para com ela pelo muito pouco tempo que convivemos era muito grande.
Nos últimos meses quando a sua saúde se agravou mais perdi a coragem de ir visitá-la, pois sou muito fraco para enfrentar estes quadros, apesar de saber que todos nós estamos sujeitos a isto. Mas poderia estar acontecendo comigo, mas não com ela que para mim sempre foi generosa e bondosa.
E neste momento final de nossa convivência agradeço a Deus, apesar de parecer ironia, por tê-la chamado para junto dele, e de uma forma tão meiga e suave, própria do nosso Pai Celeste. Dormindo sofreu uma parada cardíaca e foi gozar o céu. Obrigado Senhor.
foto: papai, mamãe, tio Assis e tia Ilma em sua viagem pelo sul do Brasil, Argentina e Uruguai lá pelos idos de 70.
Hoje o céu está mais azul !
ResponderExcluirE em breve estaremos todos lá a colorir a eternidade .
bjusss
Em breve!
ResponderExcluirRoger, passando para abracar vocês.
ResponderExcluirVim mostrar o video do filme para o Christian.
Amanha eu volto para te ler.
Boa noite para vocês