“Dois grandes anseios de nossa época: o amor e a liberdade. Nós queremos amar e ser amados. Nós desejamos ser livres. Mas será que amor e liberdade podem andar juntos?
Meu convite para responder essa questão é irmos excluindo as situações em que as duas variáveis não conseguem conviver. E depois, talvez, cheguemos a uma conclusão.
Primeiramente, um amor que aprisiona o outro dentro de uma redoma de ciúmes, desconfiança e possessão. Vemos muitos casos assim todos os dias, seja na vida real ou na ficção. Temos que admitir que isso não é amor, mas sim insegurança, podendo chegar a níveis patológicos.
Por outro lado, temos o amor sem compromisso, sem fidelidade e sem memória no dia seguinte. Isso também não é amor, geralmente é promiscuidade pura e simples. Talvez seja este o tipo de relação entre amor e liberdade que mais tem sido propagado em nossos tempos, provocando danos muitas vezes irreparáveis.
Do mesmo modo, liberdade sem qualquer tipo de amor, de cuidado e de limites não é liberdade, é descaso. Infelizmente, muitas famílias e instituições de ensino têm passado por este tipo de liberalidade que não educa e não traz conforto, simplesmente tira a responsabilidade dos pais e dos professores.
Então, talvez, tenhamos chegado a uma conclusão: amor e liberdade só podem andar juntos. Porque quando não há um, dificilmente há o outro.
Quem ama, liberta. Assim acontece com todos nós quando nos tornamos adultos. Na maioria dos lares, os pais educam seus filhos com amor para a liberdade. E em nenhum momento isso se dá de forma indolor. Durante a infância, é sempre bom lembrar estas palavras: “Eu repreendo e disciplino a quantos amo”. No final, quando chegada a hora da partida, não é sem peso no coração.
Quem liberta, ama. Deus se colocou como o libertador de Israel, dos pequenos, dos pobres e dos oprimidos por causa do amor ao Seu nome e do amor pelo seu povo. De forma similar, Jesus foi a verdade que nos libertou do domínio do pecado através da sua Paixão – não é por acaso este nome! Frente ao jugo deste mundo, o Espírito Santo constantemente nos fortalece e nos capacita em liberdade de consciência e amor ao próximo.
Encerro com uma passagem de Paulo: “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor”.”
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"Quem ama, liberta; quem liberta, ama"
ResponderExcluirPronto!!! Perfeito!!! Mas... tão raro e difícil!!! Como tudo que é simples...
Que honra!
ResponderExcluirQue momento épico!
Um texto meu aqui no Teologia Livre...
Valeu, Roger!!!
Libertando-me liberto e amando-me amo. Isso é um caminhar, uma vida.
ResponderExcluirNani, a honra é nossa.
Um beijão para você,
Roger