Usaria os adjetivos de forma precisa, buscaria os substantivos exatos e revelaria a angústia vivida no período universitário que se iniciou há vinte anos. Passaria pelas duas vezes que abandonei o curso e tive que recomeçá-lo em outra faculdade qualquer, trocando a PUC pela UNA e esta pela ESAL, fazendo meus pais quase me deserdarem...
Narraria com tal beleza metafórica os anos do mestrado: a admissão marota, embora o fracasso na prova de alemão; contaria das bombas consecutivas ultrapassando os limites dos estatutos, mas milagrosamente toleradas, do sufoco para escrever e traduzir a tese, faria isso com tal destreza que poucos saberiam distinguir a realidade da ficção, absorvendo porém o essencial.
Ah... se eu fosse como você, Alysson...
Extrairia desta terra o melhor que tem de cultura e saber e não perderia tanto tempo arrancando os cabelos pela auto-acusação e medo de ter jogado minha vida ralo abaixo.
Mas não sou.
Então tenho que relatar tudo de forma tão óbvia e comum, sem graça e sem beleza.
Alysson Amorin é um nome para ser anotado, e bem anotado. Esse jovem é uma bênção.
ResponderExcluirOk, cara. Sonhar é bom, mas esquece. Ser o Alysson não é pra qualquer um, não!
ResponderExcluirAssim como ser o Roger...
Caraca! Queria ver a cara do Alysson ao ler isso aqui!
ResponderExcluirVocê tem jeito para observar as características das pessoas. Colhe o essencial, aquilo que faz sentido aos seus olhos. Fundir isso com a nostalgia que nasce dos recônditos memoráveis de sua própria alma é um dom.