Quando a brisa sopra
Do mar revolto do branco das ondas
Ouço o calor das pedras espumantes e molhadas
Quando as idéias me atormentam
Dos problemas sombrios sem soluções sábias
Ouço sua voz a me acalentar
Me viro e contemplo as palmeiras
Ah... as palmeiras...
Onde vocês se esconderam?
Ouço ainda seu diz que diz macio
Vejo a rua torta, quebrada,
A areia do calçamento mal feito
O eterno inacabado, que um dia se renova
Abro os olhos
Já é tudo nostalgicamente novo
Oculto porém por núvens sombrias
Que a brisa sofregamente tenta afastar
Não sei porquê a leitura do poema me fez lembrar Paraty...
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