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domingo, 9 de agosto de 2009

A queixa tem fundamento

Pode até ser que o Juca Kfouri exagerou, mas o exagero partiu inicialmente, a meu ver, da parte dos atletas.
Ainda que se explique bem a motivação cultural e pessoal dessa manifestação. Talvez outrora fosse assim... hoje eu não estou bem certo.
Me parece existir uma jogada de "Marketing religioso" por trás disso tudo e quanto a isso não podemos fazer vista grossa. Aí que está o exagero e é isso que incomoda e irrita.

Incomoda e irrita não porque, como alguém poderia pensar, o nome de Jesus está sendo exaltado. Não. O nome de Jesus estaria sendo exaltado, todos sabemos muito bem, se houvesse uma melhor distribuição de renda no país, se as taxas de mortalidade infantil, de prostituição infantil e toda miséria que padecemos de âmbito social fosse aplacada ou reduzida. Aí sim, equipes envolvidas nessas conquistas poderiam gritar em plenos pulmões em cadeia nacional, mundial ou simplesmente se curvarem humildemente e sussurrarem: foi Ele e não eu.

Incomoda e irrita não porque é uma ação evangelística. A proclamação do evangelho é algo bem diferente. Claro que Cristo é vitorioso e nele somos mais que vencedores. Não vejo nada de errado em um atleta ou uma equipe dar graças e atribuir suas conquistas a Deus. De certa forma toda turma secundária ou de faculdade que conquista o canudo faz isso em uma missa ou culto de ações de graças. Mas quando isso torna-se exagerado, com uma freqüência frenética, perde-se a graça. Será que para ser coerente um time de atletas cristãos derrotado também não teria que ter a mesma ousadia para mostrar o nome de Jesus e gritar foi Ele, ele deu Ele tira? Ou seja, na verdade vende-se uma imagem bem deturpada do que seja Evangelho e vitória em Cristo.

Fico com Kfouri, prefiro um futebol mais pé no chão, no gramado ou a na bola. Uma manifestaçãozinha religiosa aqui outra ali: um beija o crucifixo, o outro se benze, o outro levanta os dedos para os céus. Um ou outro mostra o nome de Jesus, mas sem shows e exageros.

A queixa tem fundamento.

5 comentários:

  1. Concordo plenamente, uma coisa é falar do evangelho através das ações, outra é fazer do seu nome um espetáculo para mercadores.

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  2. Pois é Thiago, parece que quem sai ganhando com essa divulgação do nome de Jesus sejam só os mercadores.

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  3. Escrevi um post motivado pelo post desse senhor e meu parecer foi contrário ao dele. Está em http://www.corinthiansyes.com?p=211

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  4. Pois é Lou, não é por acaso que o tema é polêmico... misturar futebol e religião, só faltou ter política no meio pra completar.

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  5. Pois é roger, parece q infelizmente nesse quesito a gente não concorda. Tenho acompanhado desde o início essa polêmica toda, e ela não começou com a entrevista do Kaká, começou lá no dia 31 de maio qndo Juca publicou aquele artigo retirado de jornal de San Francisco(EUA). Ao meu ver os dois grandes problemas são: oq a ESPN tem feito de uns tempos pra cá q culminou nesses acontecimentos e oq a mídia em geral não tem aceito: sua inerrância. É engraçado como as vezes a gente discute sobre a inerrância da bíblia, e agora é a imprensa q toma isso para si, não admitindo perdir desculpas ou dizer q errou. Outra coisa é a respeito do marketing religioso, discordo completamente qndo esse termo é usado nesse caso, alias em qq caso de atleta, pq nenhum deles divulgou por sua própria boca ou por meio de sua acessoria a sua denominação, só sabem q o Kaká é da Renascer, pq a própria imprensa foi cobrir seu casamento lá na Renascer. Como já disse no meu twitter, no afã de não se misturar com o neopentecostalismo, mtos blogueiros cristãos estão misturando lideranças neopentecostais com seus fiéis. Essa diferença eu sempre faço e farei, pq não é justo tu jogar a água suja fora junto com a criança, e isso eu tenho visto infelizmente vc e o pavarini fazerem, oq é uma pena, pq são dois blogueiros q gosto mto, além do fato de tu ser meu primo né...rs

    abraços discordantes, porém fraternos

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