Existem duas coisas repugnantes entre os religiosos hipócritas e uma terceira insuportável: o fanatismo dos que se acham donos da verdade, que não mudam de opinião nem de assunto; o ufanismo dos que pensam que seu grupo, igreja ou denominação é perfeita e a única correta; e o messianismo daqueles que se vêem como o iluminado, capaz de levar multidões ao caminho da salvação, os quais não estão interessados em nada mais que sua própria auto-promoção.
Diante da tragédia alheia, esses religiosos tendem a colocar as asinhas de fora.
Geralmente eles lançam mão do chamado "princípio da semeadura" (aliás, esse é o princípio preferido deles e serve bem para arrancar dinheiro dos incautos), que não passa de um arranjo mal feito da lei de causa e efeito. Funciona assim, e essa palavra "funciona" é o cerne da questão, se você dá dinheiro você será abençoado: causa, dar dinheiro, efeito alcançar o favor de Deus. Se você está fudido, então deve ter feito algo de errado ou deixado de fazer algo certo: efeito, fudido, causa pecado ou coisa pior.
Essa é a lógica dos amigos de Jó. Ao ouvirem Jó se lamentando e amaldiçoando o dia em que nasceu, eles gastaram nada menos que 33 capítulos tentando apontar as causas (pecado de Jó) para o efeito (as tribulações que ele passava).
Em uma sentença Deus expõe seu sentimento sobre esse tipo de gente:
"Estou indignado com vocês, pois não falaram o que é certo a meu respeito".
Por que estou na lista "Poderá gostar de:"???
ResponderExcluirEstou entre os religiosos hipócritas?
Eu uso a tática da semeadura?
Sou um dos amigos de Jó?
Fora isto, teu texto põe o dedo na ferida!
Mas há culpa do que se vive o amor.
ResponderExcluirRoger,
ResponderExcluirme identifiquei muito com sua escrita. Estarei sempre fazendo uma visita! Parabéns pelo blog. Se quiser me visitar, tenho um blog chamado "Trampolim" (dinha.wordpress.com).
Abraços,
Cláudia Sales