"Isto nos faz retroceder à baixa Idade Média, quando a demanda pelos serviços eclesiásticos se projetou para além do período de uma vida humana, pois foi criado o «Purgatório» com a finalidade de purificar as almas, sob o controle do Papa, antes de entrarem para o descanso eterno.
Obviamente, surgiu, primeiro, o comércio das indulgências e então uma tentativa de Reforma. Agora, o Mito do Consumo Interminável toma o lugar da fé na vida eterna." -Ivan Illich
Desde os tempos do Cristo, ou anteriores a ele, o local sagrado já era facilmente transformado em templo do consumo, em covil de ladrões e mercadores. Hoje não é diferente.
Illich aponta, contudo, para o inverso: o covil dos mercadores, o lugar comum do comércio e do capitalismo assume hoje o papel da religião e da fé. No consumo encontra-se o consolo para a alma.
O matrimônio da religião com o comércio atinge então seu ápice, e os dois se tornam um só corpo: o consumo interminável toma o lugar da fé, e a fé se entrega levianamente ao marketing e ao consumo.
Estimado Irmão Rogers!
ResponderExcluirParabéns pelo Blog. Já estou seguindo-o. Que Nosso Senhor continue te iluminando.
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