Será que a controvérsia é necessária? Será que a verdade do Evangelho estaria em jogo?
Determinismo - Relação entre os fenômenos pela qual estes se acham ligados de modo tão rigoroso que, a um dado momento, todo fenômeno está completamente condicionado pelos que o precedem e acompanham, e condiciona com o mesmo rigor os que lhe sucedem.
Se o fenômeno que condiciona a salvação ou perdição é a vontade, conselho, ou como queiram, ação de Deus. Nesse sentido é o determinismo que está por trás da salvação ou perdição de alguém.
Eu estou entre os que não acredita em pleno determinismo. Deus não pode conhecer o que não existe, e ainda que pudesse, Ele não se ocuparia por isso.
Obviamente existe uma cadeia de fenômenos que determina toda a nossa vida, e a vontade de Deus permeia cada elo dessa cadeia como uma das mais poderosas e singulares forças. Em certo momento de nossa existência, porém, nossa própria vontade passa a desempenhar papel central.
E é da própria vontade de Deus que seja assim.
Eu diria que quanto mais de Deus o homem experimenta, mais autonomia ele terá.
Como provar isso nas escrituras?
Não sei. Se você lê as escrituras com os olhos deterministas não haverá versículo que lhe convença do contrário. É como se você estivesse usando óculos vermelhos e me pedisse para te mostrar algo que não tivesse o tom rubro. Impossível!
Volto então as questões de Stott:
A bem da verdade, o Evangelho não dependerá desse ponto. O qual porém poderá ajudar muito alguém a mover-se voluntariamente em direção ao amor de Deus. A sair de uma atitude passiva e ser mais proativo. Ou para aqueles que já perderam as esperanças, de salvação, e se veem como predestinados ao inferno, se quer pensar em um destino diferente.
É importante tanto para o salvo, como para o não salvo, entender que (em uma certa medida) o homem é “dono” de seu próprio destino. E que nem todas coisas estão fechadas (determinadas); nem mesmo por Deus. Ele mesmo é a principal força capaz de quebrar as algemas do determinismo.
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