Como administrador de empresas por formação e profissão, não me cabe bem a ilusão de que possível seja vivermos num mundo sem líderes.
As instituições sociais precisam de líderes, agrupamentos precisam de líderes, pessoas precisam de líderes – e o que é pior – os líderes precisam delas.
Não poucas vezes encontrei em igrejas pessoas que se sentiam “o líder”, e juro que não me refiro a pastores. Eram gente, como Oséias, cujo universo se resumia aos jogos de poderes vivenciados por sua denominação. Seu grande alvo era ver a sua “boa influência” – de uma pessoa que agora descobrira a verdadeira sã doutrina – chegar até a primeira igreja de sua cidade. Membro da segunda igreja ele já tinha arquitetado um plano estratégico, através de uma rede de pessoas, para salvar a igreja irmã dos males do tradicionalismo em que se via aprisionada.
Outro exemplo, Martin, se autodeclarava líder nato; e não se sentia à vontade em igreja nenhuma pois sempre via-se podado pelo pastor. Suas grandes idéias nunca poderiam ser colocadas em prática.
E segue uma lista enorme de gente, na qual eu mesmo me incluiria num ponto ou outro, com um forte desejo de influenciar seu micro universo, para torná-lo melhor de acordo com um capricho qualquer: um louvor melhor, uma pregação melhor, uma igreja melhor, uma comunidade melhor, uma doutrina melhor, etc, etc, etc.
Não poucas vezes, tais pessoas quando, de fato, assumem posição de autoridade passam por cima de tudo o que já foi realizado no passado para proclamarem em alto e bom som as virtudes do momento novo que agora, sob sua liderança, todos experimentam. Típico exemplo nesse sentido são os chavões de Lula: “nunca na história desse país” ou “herança maldita”.
Se esse nojento messianismo é uma constante tentação para leigos imaginem então o dano que não causa no clero!
(Continua…)
Daí a conclusão de Jesus de que o verdadeiro líder não lidera, serve...
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