Não sou nenhum simpatizante especial do PT, Dilma ou Lula. Também não sou um decepcionado. Sobre Serra, Aécio e FHC também não trago grandes afetos ou desafetos.
Me agrado de poder ver o Brasil avançando em questões que dizem respeito à democracia, liberdade de expressão, distribuição de renda, e etc, um processo longo e demorado que vem sendo desenvolvido mais explicitamente desde as eleições indiretas de Tranquedo Neves e as diretas de Collor – ou seja, com o fim da ditadura militar.
Como todo brasileiro com uma mínima consciência social lamento que as mudanças não ocorram mais rapidamente. Como qualquer brasileiro com uma considerável consciência política lamento que os culpados por essa lentidão sejam nós mesmos, em primeira linha, e os políticos que colocamos lá, como nossos representantes.
Assim carregamos uma dupla responsabilidade: somos lentos nas mudanças naquilo que deveria ocorrer na sociedade privada, independente do governo; somos lentos naquilo que diz respeito ao governo, sendo que nós, ou fazemos parte da máquina governamental executiva, ou porque elegemos o legislativo.
Tendo a ter certa paciência com os governantes pois, de alguma forma, sou consciente dos perigos sedutores do poder e o peso de suas grandes (ir)responsabilidades.
Do meu lado, já perdi a paciência com a política. Chega. Encheu. Não aguento mais.
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