Flui, pula, respinga nasce o rio
Humilde se lambuza na terra
Sacia a sede da relva
Traz vida á planície
Enfrenta a primeira queda
Cresce e enfrenta outra queda
Corre, dribla pedras, bate, bate de novo
Tanto bate, poli, lapida, fura
Se une a outros e cresce
Recebe chuva e pingos e se derrama em uma cascata
Brinca e sacia a mata
Vira jovem e pula de cima de despenhadeiros
O rio maravilha o mundo corta vilarejos, cidades, países
Banha moças, brinca com meninos, dá casa a peixes
O rio alimenta os homens
Fica caudaloso, oferece seu leito para embarcações
Se contém e movimenta turbinas
O rio recebe esgotos da civilização
Sufoca-se
Ira-se, se enche, o rio mata
É fotografado, ri banguela
Avista o mar, se derrama, dilui
O rio morre
E nós morremos junto.
ResponderExcluirEu rio com teu rio...
ResponderExcluirÉs poeta!