Perguntas podem ser incômodas. Respostas podem ser inconvenientes.
Respostas podem ser obscuras. Perguntas podem ser esclarecedoras.
Na chamada modernidade houve uma avalanche de pensadores dispostos a oferecer todo e qualquer tipo de resposta. Até no meio religioso ou teológico percebe-se esse fenômeno, um afã em formular teses que abarcariam todo drama existencial humano e suas relações com seus ambientes físico, biológico, social e com a própria divindade. Respostas prontas e acabadas.
A modernidade culminou em época que a humanidade oferecia respostas, para a própria humanidade.
Na pós-modernidade isso muda.
Duas das respostas propostas pela modernidade vieram porém fragilizar todo esse aparato técnico-científico. Elas denunciavam a parcialidade e a subjetividade daquilo que se chamava de verdade absoluta, convencional ou aceita.
Uma delas aponta para a chamada ideologia e desmascara os postulados tidos como inabaláveis das classes dominantes, a outra aponta para o subconsciente e desmascara as razões imbatíveis e as certezas dos próprios indivíduos.
O palco estava preparado para que a pós-modernidade com toda a sua irreverência entrasse em cena.
O problema é que ainda hoje você se depara com pessoas anacrônicas (vivendo ainda na modernidade) ávidas por propagar suas cartilhas dogmáticas. E no meio religioso (até mesmo cristão) está cheio dessas pessoas.
Elas esquecem que Jesus nunca foi assim.
É extremamente revelador o fato de que a primeira coisa que João, o evangelista, escolheu colocar nos lábios de Jesus foi uma pergunta.
A primeira numa séria quase infinda.
Para a mulher pega em adultério Jesus estava a lhe questionar.
Na cruz Jesus questionava o próprio Deus.
Depois de morto e ressuscitado o Cristo aparece a Paulo e não lhe poupa uma pergunta.
Desde o Paraíso no Gênesis Deus está a questionar o homem: Onde você está?
A Abraão: Haverá coisa impossível para Deus? A Jacó Deus lhe pergunta seu nome. Moisés, Davi, Jó, os profetas todos foram incomodados com os questionamentos divinos.
Talvez já é tempo de começarmos a entendermos a lógica divina.
Jesus não é a resposta.
Jesus é a pergunta!
Excelente texto!
ResponderExcluirCurioso que, dia 7 deste mês, escrevi no meu diário: "Jesus não é a resposta para todas as perguntas, mas a pergunta que incomoda todas as nossas respostas."
Abraços.
"Jesus não é a resposta. Jesus é a pergunta!" (Brandão).
ResponderExcluirTautologia, indica o primeiro dicionário que se meter a mão, constitui no uso de palavras diferentes (resposta/pergunta) para expressar uma mesma ideia.
Trata-se de uma proposição, no caso tendo o sujeito JESUS comum a ambas AS PARTES NA PROPOSIÇÃO onde, do jeito que se lê a coisa esta permanecerá a mesma, vez que o atributo (resposta/pergunta) será sempre a repetição do sujeito (Jesus).
É um termo de retórica. É dizer a mesmíssima coisa usando palavras diferentes com a mesma conexão. O som das palavras pode até ser diferente (PERGUNTA/RESPOSTA), mas o conteúdo permanecerá invariavelmente o mesmo porque se repete nas duas partes da proposição.
Tautologia é também uma forma simplória de mesmice. Mesmice porque do jeito que se olhar a construção da frase ou da sentença, o resultado será o mesmo. A tautologia, todavia, tem um certo valor, ela induz o leitor a achar que uma novidade, uma quase originalidade está sendo dita ou proclamada.
Ou como se diz no popular, não cheira e é incolor. É considerada também uma forma de pedantismo não de escrita, mas de conteúdo, que ao ser dito ou escrito, parece ser rico, mas vazio é e em toda a sua extensão.