A propósito da enquete do blog, eu gostaria mesmo é de ter um espaço mínimo apenas para uma pequena consideração. Uma consideraçãozinha, na verdade! Mas não tem como (ninguém escreveu um texto sobre a enquete), e como eu quero falar... acho que tenho que escrever algo mais do que um minúsculo comentário e postar.
Conservadores ou liberais? Bem, acho que a maioria dos cristãos no Brasil não faz a menor idéia do que sejam esses dois termos. Basta você perguntar a eles mesmos. As respostas possivelmente serão as mais diversas, algo do tipo: “Eu sou conservador, lá na minha igreja não é permitido usar cabelo curto”; “Eu sou liberal, gosto de beber uma cervejinha nos finais de semana, ir numa balada; e também lá na minha igreja eu escolho a roupa que posso vestir e o corte do cabelo”.
Nem uma coisa nem outra revela nada a respeito de ser ou não conservador. Apenas revelaria algo a respeito dos costumes culturais adotados na comunidade da qual participam.
A maior parte dos cristãos brasileiros está nas igrejas neopentecostais, aquelas do tipo “vem e aqui e sua vida vai mudar, você vai prosperar”. E nesses lugares não interessa se você é conservador ou liberal, interessa mesmo é que você faça uma barganha com a divindade anunciada, que você se comprometa a participar de todas as campanhas, cruzadas, votos etc. Não é muito importante o que você acredita, mas sim o que você faz em relação à igreja (contribui ou não contribui? é dizimista? – isso é o que importa).
Acho que o diagnóstico é esse: no Brasil os conservadores e os liberais constituem minoria, e os alienados são a grande maioria. Ponto final!
Agora só não sei dizer se nesta minoria os conservadores são a maior parte ou contrário. Por isso mesmo vale a pena continuar a enquete...
Quanto a mim, tendo uma noção básica do que é um conversador e um liberal, não quero ser nem uma coisa nem outra; prefiro ser do Evangelho.
Conservadores ou liberais? Bem, acho que a maioria dos cristãos no Brasil não faz a menor idéia do que sejam esses dois termos. Basta você perguntar a eles mesmos. As respostas possivelmente serão as mais diversas, algo do tipo: “Eu sou conservador, lá na minha igreja não é permitido usar cabelo curto”; “Eu sou liberal, gosto de beber uma cervejinha nos finais de semana, ir numa balada; e também lá na minha igreja eu escolho a roupa que posso vestir e o corte do cabelo”.
Nem uma coisa nem outra revela nada a respeito de ser ou não conservador. Apenas revelaria algo a respeito dos costumes culturais adotados na comunidade da qual participam.
A maior parte dos cristãos brasileiros está nas igrejas neopentecostais, aquelas do tipo “vem e aqui e sua vida vai mudar, você vai prosperar”. E nesses lugares não interessa se você é conservador ou liberal, interessa mesmo é que você faça uma barganha com a divindade anunciada, que você se comprometa a participar de todas as campanhas, cruzadas, votos etc. Não é muito importante o que você acredita, mas sim o que você faz em relação à igreja (contribui ou não contribui? é dizimista? – isso é o que importa).
Acho que o diagnóstico é esse: no Brasil os conservadores e os liberais constituem minoria, e os alienados são a grande maioria. Ponto final!
Agora só não sei dizer se nesta minoria os conservadores são a maior parte ou contrário. Por isso mesmo vale a pena continuar a enquete...
Quanto a mim, tendo uma noção básica do que é um conversador e um liberal, não quero ser nem uma coisa nem outra; prefiro ser do Evangelho.
Parabéns pela postagem. Conservadorismo, Liberalismo, e outras, inclusive puritanismo, arminianismo, calvinismo, wesleyanimo, são movimentos reais que tem endereço certo na história. O restante é um reflexo muito minúsculo e informe do que um dia aconteceu de forma plena.
ResponderExcluirGeralmente hoje tais "rótulos" são utilizados como conferidor de identidade, mas que determinam muito mais a pertença a determinado grupo e por conseguinte gera cetro status. Mas são utilizados também quando quero falar que o outro é diferente de mim e que ele está errado, eu
represento o meu grupo, e faço parte do grupo verdadeiro. São títulos que recebem carga peorativa, utilizados para reduzir "o diferente".
Para mim hoje, nos dizemos seguidores de determinado movimento, obedecer a esse ou áquele líder - denominação, mas na verdade ninguém é puro - "o fiel" não existe mais pelo menos para sociologia - digo que não são puros porque aderem ao grupo, mas cruzam suas práticas com as de outros grupos. É copo com água na frente da televisão, etc, práticas que desenham uma religiosidade muito bricolada.
Grande Beto,
ResponderExcluirque bom te ter aqui novamente. Bela estréia.
A enquete foi propositadamente construída sobre bases vagas. Daí a opção de se marcar os dois.
Infelizmente faltou-me a esperteza para colocar uma terceira classe, os alienados. Onde estou de pleno acordo contigo.
O problema é que esta terceira classe é fortemente manipulável, e a meu ver tradicionalmente se inclina para o lado do conservadorismo. Mas o que seria conservadorismo?
Como vc arrematou, essas visões de mundo, seja política, econômica, moral ou teológica não devem ser motivo de divisões na igreja, que é uma só. Tarefa difícil?
um bom fim de semana pra você aí no Centro Oeste,
Roger
Muito boa a reflexão.
ResponderExcluirAcho que se posicionar dogmaticamente em qualquer das posições é perigoso. O liberal acabar por negar praticamente tudo que venha da "tradição" e o conservador acaba por abraçar praticamente tudo que venha da "tradição".
Temos sim é que ser Evangélicos (de Evangelho) e não qualquer outra coisa!
Infelizmente sua análise está correta, antes a cristandade de nosso país fosse dividida em conservadores e liberais; mas o partido dos alienados lidera com ampla margem.
ResponderExcluirTenho dificuldade em aceitar rótulos como "liberais", "conservadores", "fundamentalistas", "esquerdistas", et cetera, porque isso acaba criando categorias de pessoas. Mas não tenho problemas em classificar idéias.
ResponderExcluir...
Infelizmente, a Teologia Liberal não chegou completamente no Brasil. Muitos teólogos ainda não são estudados. Sabemos apenas via manuais de história da teologia.
Mas a teologia fundamentalista está aí, firme e fortalecida pelas instituições pára-eclesiásticas.
...
Sou contra trazer a guerra americana entre liberais e fundamentalistas para dentro de um país como o Brasil, porque o fundamentalismo sairia ganhando.
Podemos discutir idéias, classificá-las, mas não há como balancear o debate. O ambiente eclesiástico tende a ser fundamentalista. A teologia liberal ecoa mais em círculos acadêmicos progressistas.
Outra coisa, as idéias da teologia liberal tendem a serem vistas como superadas, assimiladas e diluídas com a pós-modernidade. Ressuscitar este debate hoje seria o mesmo que ressuscitar a divisão do mundo em socialista e capitalista. Ou seja, seria impossível e inviável.
Além do que soaria démodé e atrasado num país que já tende a ser tachado com esses desagradáveis adjetivos.
...
Um abraço.
Ah! Na enquete, se é que preciso dizer, votei em "Conservadora".
ResponderExcluirler todo o blog, muito bom
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