Com certeza, o proselitismo é um mal insuperável entre os protestantes brasileiros hoje. Dizem que querem ganhar as pessoas para Jesus, mas, na verdade, querem fazê-las mudar de religião e se tornar membros de igrejas evangélicas.
Estudando sobre o mundo neotestamentário, a gente observa que o cristianismo recebeu uma série de influências filosófico-religiosas. Definitivamente, se queremos entender a cabeça daquelas pessoas que aparecem no Segundo Testamento da Bíblia cristã, seja como autores ou personagens, não podemos ignorar pelo menos duas influências principais, a saber, a filosofia e a religião gregas.
Atualmente, num tempo onde os chamados “evangélicos” pretendem caminhar contra a cultura no Brasil, é extremamente urgente voltar a ler o Novo Testamento, com lentes histórico-críticas. Afinal, somente assim, poderemos ver que o cristianismo, em sua gênese, não trucidou a cultura, mas apropriou-se dela para levar sua mensagem.
O proselitismo fere esse princípio, pois desconsidera por completo as experiências religiosas do outro. Aquilo que a outra pessoa viveu, e para ela ainda faz sentido, merece o nosso respeito e a nossa consideração. Olhando para a nossa situação atual, é possível notar que cada pessoa produz seu sistema de sentido diferente de outrem. É nessa realidade sócio-antropológica que o cristianismo se insere como um sistema de sentido que respeita as diferenças, absorvendo influências com as quais aprendemos sempre de maneira crítica.
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ResponderExcluirFelipe,
ResponderExcluirjá estava matutando um Post sob o título "e nasce um crente".
Sua luz aqui vai me ajudar a borilar as matutanças!
Abrçs fraterníssimos,
Roger
Dizem que querem ganhar as pessoas para Jesus, mas, na verdade, querem fazê-las mudar de religião e se tornar membros de igrejas evangélicas.
ResponderExcluirIsso pode até ser verdade, mas não invalida a necessidade de, sim, pregarmos a mensagem das boas-novas da salvação em Cristo Jesus.
O moderno pensamento pluralista, além de irracional, é antibiblíco. Por todo o NT, observamos que uma mensagem é clara: salvação é somente em Cristo e, justamente por isso, que devemos levar a mensagem adiante.
Isso não implica em arrogância nem em destruição insensiva da cultura alheia, de maneira alguma. O que pode ser usado na cultura pagã, devemos usar, mas a verdade é que nem tudo pode. Ser Cristão no mundo antigo implicava em negar toda e qualquer divindade que não a de Jesus Cristo. Não é a toa que os cristãos primitivos foram taxados de misântropos, justamente pelo seu caráter exclusivista.
Vitor,
ResponderExcluirObrigado por postar sua opinião. Suas idéias estão no mesmo nível da minha antítese.
O pluralismo é a marca cristã. Por favor, você sabe, não existe cristianismo e sim cristianismos. Não justifique seu proselitismo — meu pedido. Melhor que se assuma prosélito e pronto!
Todos os cristãos sabemos muito bem de uma coisa: a fé cristã e Jesus são uma crítica a toda forma de religião, inclusive à institucionalização da pessoa e vida daquele homem de Nazaré.
(...)
ResponderExcluirIsso para não dizer que para falar do que seja "bíblico" ou não nós precisamos perguntar o seguinte: O que é ser bíblico? É ler a Bíblia literalmente?
Se a resposta for afirmativa, não precisamos mais discutir. Já sei de que tipo de cérebro se trata.
Um abraço.
Opa! Acho que esbarramos aqui em outro desses dualismos. Como diria o Rubinho, será que as duas coisas não andariam juntas? Por que não?
ResponderExcluirDiversidade é a marca do cristianismo, mas isso obviamente não quer dizer sincretismo religioso. Creio que o Tuco descreveu isso bem lá em seu Blog sobre a igreja do Vinícius. Quanta base bíblica para tanta teoria oposta!
Nossas máximas são simplistas. Costumamos dizer que o Evangelho havia sido pregado em todo mundo conhecido da época... conhecido por quem? Por Israel? Roma? Pelos Bárbaros, índios ou chineses?
Quem dera se no Brasil hoje, os católicos, por exemplo, ao passarem por uma experiência de conversão não virassem evangélicos, mas permanecessem católicos, fiéis somente a Jesus. E como foi primeiramente o ideal de Lutero começassem uma reforma nessa instituição gigante de nossa terra. Mas em nossa ação evangelística (dentro e fora da igreja) nos apressamos em reforçar nossas virtudes, encobrir nossas mazelas. E o mesmo fazemos ao contrário com as virtudes e mazelas deles. E assim fazemos nosso proselitismo de cada dia. Infelizmente.
Isso não quer dizer que deixaremos de anunciar que Jesus veio, morreu e ressuscitou.
Mas ainda temos muito a aprender...
Só uma coisa. Toda religião é sincretista. Não existe religião "pura". Sincretismo e religião são sinônimos.
ResponderExcluirRoger,
ResponderExcluirQue Jesus anunciaremos? Uma vida ou um símbolo religioso cristalizado?
Situação mais dialética que dualista.
Um abraço.
a cada dia q passa , mais gosto de ler-te !!
ResponderExcluirestou republicando esse texto no Verdades Nuas e Cruas !!(citando a fonte, é claro)
mil bjkas pra vc
www.verdadesnuas.blogspot.com
Felipe,
ResponderExcluirsua pergunta é crucial.
Em Mt 10:40 e Jo 13:20 Jesus nos diz que quem nos recebe, recebe a Ele. Ele não está falando de receber nossas crenças, nossa religião, práticas ou manias.
Ele fala de recebê-lo através de nossas "vidas" com todas suas contradições, virtudes e vícios.
Ele diz também de recebê-lo através de uma criança.
Isso é a única coisa que leio na Bíblia sobre "receber" Jesus.
Então esse é o Jesus que anunciamos, o que pode ser vivido em nós de forma autêntica e pessoal.
O resto é cristalização e não cristialização.
O nosso Jesus não atropela culturas nem indivíduos, mas resgata-os.
Vc tem toda razão Ele valoriza elementos religiosos de qualquer cultura e indivíduos se eles são legítimos.
"Pregue o Evangelho com a vida, se for preciso, use palavras" F.A.
Fanuel,
ResponderExcluirSe ser proselitista é espalhar a mensagem da Igreja Evangélica, eu rejeito tal título. Agora se proselitismo é espalhar a mensagem de Cristo sem medo de afirmar que determinado elemento de uma determinada cultura não pode ser conciliado com a mensagem Cristã, ai sim, eu sou proselitista.
Pluralismo faz parte do espírito da época, e indubitavelmente, é a teoria mais bem aceita, moderna e "avançada". Mas isso não quer dizer absolutamente nada quanto a validade do pluralismo. Eu diria que pelo contrário, geralmente, o caminho da unanimidade não é o melhor caminho.
Você pode até não ler a Bíblia literalmente, mas não pode fazer com que ela fale o que queremos que ela fale, muito menos projetar sobre ela pressuposições filosóficas seculares infundadas.
O Pluralismo como marca cristã??? O Deus do Antigo Testamento era fortemente oposto à qualquer forma de idolatria, adorar qualquer Deus que não fosse Javé era um terrível pecado - isso é pluralismo?
Há de se fazer um baita contorcionismo exegético para ignorar o singularismo de João 14.6 e Atos 4.12. Outro contorcionismo é necessário para explicar a lógica da pregação das boas-novas em Cristo num ambiente pluralista. Não há necessidade de pregar Cristo, se outros caminhos forem igualmente válidos.
Portanto, não posso afirmar que o pluralismo é cristão, muito menos bíblico.
Quanto leio algo sobre a vida dos primeiros Cristãos, os mártires que se opunham aos outros "deuses", e a desesperada necessidade que eles viam de pregar as boas novas, vejo que também a história não sustenta o pluralismo. Quem discordar tem que descobrir um período da Igreja em que não acreditava-se que Cristo era o único Deus. Dizer que isso é "crendice" da Igreja Primitiva não basta.
Será o Pluralismo é uma posição filosoficamente válida? De forma nenhuma. Qualquer afirmação de Verdade exclui o seu oposto. Se Jesus é Senhor, Alá não é. Se Alá é Senhor, Jesus não é. Se Jesus é Deus, ele não é um simples espírito iluminado, e por aí vai. Afirmações contraditórias entre si que as diferentes religiões fazem, simplesmente não podem ser conciliadas.
O mais engraçado é que o pluralista só aceita outras posições como válidas desde que concordem com as suas. O pluralismo diz aceitar tudo, mas não aceita os que não são pluralistas.
Bem, se não há motivo bíblico, histórico, nem filosofico para eu aceitar o pluralismo que outro motivo há se não o motivo de me conformar ao espírito da época e me confortar nesse mundo que vivemos?
Fanuel, eu que devo lhe dizer, não justifique sua posição, assuma que não é cristã e pronto. Mas não tente justificá-la. A mensagem Cristã respeita e tolera (a verdadeira tolerância) suas visões opostas, mas não afirma que são igualmente válidas. Jesus é Deus, e não há nenhum outro, isso é Cristianismo.
Usando as palavras do Roger,
ResponderExcluir"Ele valoriza elementos religiosos de qualquer cultura e indivíduos se eles são legítimos."
[b]Que Jesus anunciaremos? Uma vida ou um símbolo religioso cristalizado?[/b]
ResponderExcluirQue dilema hein? Mas será que são só essas opções? Por que no anseio de criticar a religião institucionalizada alguns caem no extremo oposto, o da secularização completa da mensagem cristã?
Para falar a verdade eu até prefiro os fundamentalistas cristãos extremados do que os liberais, pois os primeiros ainda nutrem algum respeito pela Bíblia e tentam aprender algo dela.
Quanto a pergunta. Nem um nem outro. Nem um símbolo religioso e nem uma vida. Prefiro um Jesus que não é só uma vida. Pois se for para pregar uma vida outros estariam no mesmo patamar de Jesus. Buda, Ghandi, Martin Luther King etc e tal.
Eu prefiro um Jesus que não é só uma vida, é muito mais do que isso. É vida e doador de vida, e da vida eterna.
Caro Vitor,
ResponderExcluirDepois do que você disse no seu primeiro parágrafo, eu não precisaria ler mais nada abaixo. Repito. Já sei que tipo de cérebro se trata.
Tudo o que você disse não é novidade alguma. Já estou cansado de responder a estes tipos de questionamentos. Não apenas eu quem responde. Mas toda uma escola teológica, cujo pensador central para mim é Paul Tillich. Se você não se interessa pelo assunto, não abra obras dele como Christianity and the Encounter of the World Religions, The Encounter of Religions and Quasi-Religions e The Irrelevance and Relevance of the Christian Message.
A questão é a seguinte. Eu não postei esta droga de texto para ficar escrevendo comentários enormes (já passei dessa fase). Sei muito bem minha opinião sobre o assunto chamado pluralismo. Você pode reler o texto e entendê-la.
Recebo seu contra-ponto apenas como mais uma reação antitética à tese de que o pluralismo é cristão — que não é minha. Não tenho nada contra seu modo de pensar.
Seja feliz!
Eu prefiro um Jesus que não é só uma vida, é muito mais do que isso. É vida e doador de vida, e da vida eterna.
ResponderExcluirAssino embaixo disso aqui com todo prazer. Porque, como cristão, o que faz sentido para mim é Jesus. Mas não posso dizer o mesmo de todas as pessoas do mundo!
Nada como ter cariocas no pedaço! hehehe!!!
ResponderExcluirOs mineiros com sua mania de ficar em cima do muro, e trabalhar em silêncio nunca proporcionariam uma briga de galo dessas!
Estou aguardando o desenrolar dela, desde que vocês após o debate consigam ainda se encontrar em Copa Cabana e tomar uma água de coco ou uma cerveja no Garota de Ipanema. A conta eu pago!
Felipe, não conheço nada de Paul Tulich, li algo sobre ele no Gondim e outros autores imagino que ele realmente tenha coisas boas. O que ele escreveu sobre plurarismo?
Vítor, você usou minha frase e gostei. Pensei muito bem naquele termo legítimo, titubiei um pouco antes de apertar o enter. Pois entraria de novo na questão que não gosto tanto: legítimo, lei, normas. Será que o plurarismo é tão ruím assim? O que você entende por plurarismo?
Li hoje um texto legal que esbarra nessas questões A marca da intolerância .
Não precisam me responder aqui nesse Post, mas talvez em outros Posts. Prezo muito a presença de ambos como colaboradores e comentarista aqui no teologia LIVRE.
Abraços fraternos,
Roger
Roger,
ResponderExcluirA melhor citação que expressa a opinião de Tillich o pluralismo cristão é: “o cristianismo primitivo não considerava a si mesmo uma [religião] radical-exclusiva, mas uma religião toda-inclusiva no sentido de dizer: ‘Tudo o que é verdadeiro em qualquer lugar do mundo pertence a nós, os cristãos’”. É claro que isso expressa uma convivência dialética, como disse na última frase deste meu curto texto aqui Sobre Proselitismo.
Se você algum dia se interessar em saber, de maneira pontual, em saber sobre a contribuição de Paul Tillich para o diálogo inter-religioso a partir do cristianismo, indico um texto meu que você pode acessar na seção de publicações on-line do meu blog.
Um abraço.
P.s.: Quando estiver no Brasil, Roger, vai ser um prazer sentar numa mesa para conversarmos.
Depois do que você disse no seu primeiro parágrafo, eu não precisaria ler mais nada abaixo. Repito. Já sei que tipo de cérebro se trata.
ResponderExcluirPois é, imaginava receber, novamente, essa resposta. Obrigado pelo "elogio" ao meu cérebro.
Esse é o problema, projetamos nossos preconceitos, infundados diga-se de passagem, sobre os outros e fazemos disso o alvo de nossos ataques.
O que me irrita, Fanuel, não é o pensamento liberal, mas quando esse é passado de forma dogmática que não permite o diálogo. Exatamente o que fazem os fundamentalistas, mas pelo lado oposto. Ambos são racionalmente infundados e pobres intelectualmente. Bem, já que estamos na onda de pluralismo, acho que foi Buda que dizia "o caminho do meio é o caminho da salvação", acho que concordo com ele :).
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ResponderExcluir“o cristianismo primitivo não considerava a si mesmo uma [religião] radical-exclusiva, mas uma religião toda-inclusiva no sentido de dizer: ‘Tudo o que é verdadeiro em qualquer lugar do mundo pertence a nós, os cristãos’”
ResponderExcluirDisso, Fanuel, eu não posso discordar. Mas, se eu não entendi errado, não é isso que é pluralismo e nem o pluralismo que você está defendendo. Essa frase implica em dizer também que há coisas que não são verdadeiras e, portanto, não podem ser admitidas como cristãs.
Pegando o embalo e respondendo ao Roger. Pluralismo, pelo menos na forma que eu vejo ser defendido, é afirmar que todos os caminhos e religiões são igualmente válidos e verdadeiros, o que é lógicamente um absurdo, pois toda afirmação de verdade exclui o seu oposto, toda a religião é exclusiva no sentido de dizer que o que não concorda com sua doutrina é falso.
O Islamismo afirma que o Cristianismo é falso e vice-versa. Dizer que ambos os caminhos são igualmente válidos não é a melhor solução para resolver o impasse.
Acho que um grande problema é confundir tolerância com concordância. Tolerância implica em discordância, pois só podemos tolerar o que não concordamos. Tolerância cristã, para mim, é exatamente isso. É dizer "Eu acredito que você está errado, você acredita que eu estou errado, MAS ainda assim podemos conviver em paz e harmonia." Agora, tolerância cristã não é, jamais, afirmar "Eu acredito nisso e você acredita no oposto. Os dois estão certos e acabou." Isso é bizarro!
ResponderExcluirPosso falar o que eu acho?
ResponderExcluir1)O Proselitismo*- A ênfase pra mim está corretíssima: é um mal insuperável entre os protestantes e a única maneira de superá-lo é tomando consciência disso. Todos estamos cansados de saber que a passagem de Mt 23:15 nunca serviu tanto para nós evangélicos como hoje no Brasil. Evangélico (alguns segmentos), Emway e Comunistas tem essa marca comum. Querer converter os outros para tirarem vantagens para si mesmo!
2)Gostei das palavras do Post que pra mim só rimam com tolerância: respeito, consideração, absorvendo influências... de maneira crítica
3)O outro lado da moeda trazido por Vítor “salvação é somente em Cristo e, justamente por isso, que devemos levar a mensagem adiante” tem que ser obviamente pensado. Mas evitando o proselitismo, vencendo esse mal, estaríamos de forma mais eficaz e verdadeira levando a mensagem. Como Paulo disse em Fil 1:18 “Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.” Deixemos então que outros anunciem por fingimento, mas não nós!!
4) É interessante notar em Jo 12:20 em diante, que quando alguns judeus gregos procuraram Jesus, Ele tomou isso como sinal de que sua hora havia chegado. A mensagem do versículo 24 pra mim é chave em questões transculturais: cair na terra, perdermos a casca, morrermos, começar de novo, aprender uma nova forma de vida, multiplicar. Isso pra mim é a salvação saindo das mãos exclusivistas do povo “do Deus do antigo testamento” o qual agora assumia uma nova dimensão, alcançando os gentios – “todos atrairei a mim” VS (32).
5)“O moderno pensamento pluralista, além de irracional, é antibiblíco” X “O pluralismo é a marca cristã” "En teología, el pluralismo es la posición que defiende que todas las religiones son caminos útiles para llegar a Dios o a la salvación." Gostei dessa definição que achei, pois usa o termo “últil”. Essa é a teoria de um famoso livro “o fator Melquisedeque” que diz que em todas culturas há marcas da verdade cristã, as quais são úteis para traduzir a mensagem do evangelho, salvo engano...
Já que o tema está quente estou postando hoje um vídeo que trata dele.
* (acho que no título do Post faltou um “ti” não corrigi ainda, pois acho que mudará o autor e não quero roubar o belo texto da Fanuel) em vez de proselismo proselitismo. Ou não?
Até posso concordar com o termo útil, se usado com o devido respeito à João 16.4. Acredito que Deus se revelou a todas as culturas, MAS a revelação completa se dá em Cristo. O que eu quero dizer é que a partir de diferente culturas é possível se achegar ao único caminho, que é Cristo. Inúmeros caminhos que levam ao único caminho. Jesus é a encarnação do Logos, o príncipio racional universal dos antigos filósofos gregos.
ResponderExcluirCorrigindo sua ref Vítor Jo 14:6. Não há dúvida só Ele é o Caminho.
ResponderExcluirOlhemos em 1Co 10:4 "E beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo."
Se Cristo já estava lá como pedra espiritual, Ele pode se revelar também de outras formas e nada impede que preguemos o Cristo encarnado, morto e ressurreto, como o credo afirma e como o conhecemos.
Abrçs fraternos,
Roger
Ora, se Jesus disse que é o caminho, por que estamos discutindo religião? Ele, por acaso fundou alguma? Se vamos segui-lo, não podemos nem ser cristãos, porque ele não era cristão.
ResponderExcluirO que não entendo dessa nossa tola discussão estúpida, meus amigos, é que a teologia joanina é clara: o caminho, a verdade e a vida são uma pessoa. Em momento algum esta pessoa pediu que convertêssemos outras pessoas a uma religião. Esta pessoa, Jesus, foi um anti-religioso. A religião mais perto dele se chama judaísmo do segundo templo.
Esta pessoa não leu as cartas de Paulo! Se querem Paulo, beleza. Fico com esta pessoa!
Roger,
ResponderExcluirCito abaixo uma possibilidade de definição de pluralismo, segundo Pierre Sanchis.
1) Existência, num mesmo espaço de várias religiões, sínteses institucionais oferecidas à adesão de fiéis potenciais.
2) Multiplicidade de agrupamentos no interior de cada uma de instituições, em função do caráter seletivo da adesão de fiéis.
3) Fora das instituições, e muitas vezes, em oposição a elas, existência do mesmo tipo de comunidades, efetivas ou intencionais, que permitem aos indivíduos se reunir num espaço social minimamente definido.
4) Pluralidade, no interior de qualquer agrupamento, que tende para uma construção individual, considerada como provisória, em função da relativização, tanto da verdade do objeto da crença ou do princípio ético que dele decorre quanto do caráter acabado ou sintético da construção.
Quem sabe o brilhante cérebro do ilustríssimo amigo possa dizer em qual dessas categorias o bom Jesus se encontrava?
Felipe,
ResponderExcluirse sua pergunta se dirige a mim, sendo que você começou o E-mail com meu nome, me chamou de ilústríssimo amigo (tenho também desfrutado da vossa amizade que considero ilustre) e sobre o brilhante cérebro, já cansei de brigar com meus pais, professores e etc. Não, não, estou apenas na média do cidadão comum. Não sou tão inteligente assim quanto aparenta!
Mas tentarei responder sua pergunta através do método que funcionou na escola e nos concursos que prestei.
A letra A sempre é a melhor opção. Nesse caso a resposta correta é a 1a. Certo?
Quanto ao seu comentário anterior, nota 10! Não tem nada mais cristão do que tudo se resumindo na pessoa. Seja na pessoa de Deus, ou do homem, ou do Deus que se fez homem. Amo aquela passagem em que Jesus diz que as Escrituras chamou de deuses aqueles a quem ela se dirigiu.
Isso resolveu pra mim o grande impsse pós-moderno da verdade absoluta x verdade relativa. A pessoa tira o versus do meio. Pois nela o objetivo e o subjetivo se encontram. Receberemos um nome em uma pedra branca que só nós conheceremos. Jesus, a verdade, plenamente absoluto e eterno, mas sempre humildemente relativo, semente em um últero virgem disposto a se formar pelo ambiente, pregado em uma cruz ouvindo e se deixando rotular por o que quiserem, ou até mesmo ser desprezado, anulado, banido da história. Depois ressurgindo educadamente, o mesmo, que sempre foi, e deixando-nos partindo para a acolhida eterna do Paizão, ou Paizinho como Ele o chamava. Depois como o Brabo escreveu hoje, retornando em Espírito para transacionar com homens e mulheres sem distinção. Tornando-se novamente relativo em nós, assumindo nossa cara, jeito, coração, e cérebro: Cristo em nós a esperança da glória. Não as tábuas da lei, mas dos nossos corações, onde Ele escreve de forma bem pessoal para o visinho do lado, o parente mais próximo, o irmão da igreja ao lado ou do banco da frente, ou para aquels que nem conhecemos mas que nos observam e leiem sua carta de Amor.
Um beijo e um abraço mano,
Roger
Quem sabe o brilhante cérebro do ilustríssimo amigo possa dizer em qual dessas categorias o bom Jesus se encontrava?
ResponderExcluirHumm... Vou interpretar isso no sentido estritamente literal, se é que foi dirigido à mim e não ao Roger.
Ad Hominem eu prefiro deixar pra lá..