Páginas

domingo, 16 de novembro de 2008

Se a igreja te faz tão bem então tudo bem

por pastor Rubens & Lulu Santos

As coisa velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). “...esquecendo-me das coisa que atrás ficam,... prossigo para o alvo...” (Fp 3.13-14). Foi o apóstolo Paulo quem escreveu estas palavras.

Quando algo ruim acontece, o mais necessário é saber continuar a vida, de ânimo erguido, confiante, com coragem; não continuar de alguma forma preso ao que passou. Seja uma morte que tenha acontecido, uma grande perda material ou moral, seja o que for, é necessário continuar a vida sem abatimento.

Se isso acontece na Igreja, a atitude tem que ser a mesma.

Já temos visto o que acontece em incêndios. Apagado o fogo, vem o rescaldo: evitar que fique algum foco para não reiniciar o fogo, e ver o que sobrou do incêndio e ainda possa se aproveitar – os “salvados do incêndio”.

Quando tenha ocorrido desentendimentos e ficado mágoas, há várias atitudes individuais e familiares recomendáveis. Vejamos algumas.

1- Procurar reconhecer honestamente onde cada um errou. Por que o incêndio não foi evitado? Permitimos, imprudentemente, algum material inflamável escondido? Isso pode ser fatal – não tomamos atitudes preventivas e, por omissão, permitimos o incêndio. Então é preciso aprender a lição, e cada um eliminar os focos de ressentimento.

2- Tomar medidas preventivas agora para não acontecer novamente. Ficar mais atentos, eliminar desde o começo resíduos inflamáveis – um desentendimento que não tenha sido bem tratado, um fato que não ficou bem esclarecido, uma mágoa guardada. “Panos quentes” não resolvem problemas, é preciso um remédio eficaz para um tumor, às vezes, um bisturi para retirar o tumor, antes que cause sofrimento maior.

3- Curar de fato as feridas. Entre pessoas, isso significa “reaproximação”, restabelecimento de amizades estremecidas. As reuniões e momentos de sociabilidade devem ser aproveitadas para esse fim. Conversar com todos, especialmente com quem já tivemos problemas, sem deixar nunca de cumprimentar todos afetuosamente.

Visite aquele com quem é necessário refazer a amizade. É responsabilidade de cada um. Tome a iniciativa; vá devagar; converse sobre o dia-a-dia, assuntos leves, depois sobre os problemas que enfrentam; leia a Bíblia e ore com a pessoa. Convide-o para a sua casa.

4- Levar a sério a vida na igreja, com os irmãos. Precisamos viver unidos, como irmãos, estudar juntos, adorar a Deus unidos, e não apenas reunidos. Não arranje desculpas para não se encontrar com alguém na igreja. O maior prejudicado é você, e também a Igreja, o corpo do qual faz parte.

Quando você se ausenta, deixa de se alimentar com o convívio salutar da igreja; traz preocupação aos irmãos; fá-los pensar que está fraco (e talvez esteja). Isto é ruim para a igreja. Assuma consigo e com Deus o compromisso de ir à igreja . Há quanto tempo não o faz?

-------------------------------------------------------------------------------

Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem...

--------------

Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no seu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem
Tudo bem, tudo bem

2 comentários:

O Tempo Passa disse...

Nossa!
Ver um texto do meu velho pai (81 anos) publicado aqui, na companhia de um astro do rock-pop nacional foi emocionante!!!
Apesar dele não saber quem é o Lulu Santos, vai ficar satisfeito em ter seu trabalho divulgado.
Obrigado!!!

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Caro Rubinho,
que bom você autorizou essa união!
Eu simplesmente achei o texto do seu pai muito, muito mas muito sábio mesmo e bem prático. Sem ilusões.

E o mesmo sentimento me passou as músicas do Lulu Santos. Ali ele fala da aceitação, do amor romântico que encontrou em sua mulher que é um amor curador que faz bem.

Eu tenho experimentado há anos esse tipo de amor (tanto na igreja como no matrimônio) mas os incêndios tiveram que ser sanados não poucas vezes! Hehehe!

Abraços,

Roger