Estamos no caminhar cristão. Nessa caminhada precisamos de pontos que nos posicione e nos direcione para que não andemos perdidos.
A alegria é o nosso ponto oriental, o lado esquerdo, dos sentimentos. Nossos sentimentos são reflexo de quem somos, de nossa personalidade, extrovertida ou introvertida, mais explosiva ou mais maleável. Destes sentimentos, a alegria é um dos mais importantes. Com o que nos alegramos verdadeiramente?
Outro ponto que nos nos orienta é o nosso nome. O nome nos dá identidade, nos define como pessoa, como indivíduo. O nome, o lado direito, da lógica, do logos, das palavras, que dão nome às coisas, às pessoas.
O terceiro ponto que nos dá direção em nossa caminhada são os fatos concretos, dos quais a escrita, o preto no branco, tem um papel imprescindível em nossa sociedade, nesse mundo, aqui embaixo na terra, mas também nos céus, lá em cima.
Os céus, a realidade do porvir, a eternidade é sem sombras de dúvidas o quarto ponto que nos dá direção em nosso caminhar cristão. Ele é não somente o alvo, o lar, o destino, mas uma realidade que se faz presente e dá sabor ao viver de hoje.
Na declaração de independência dos Estados Unidos consta que todo homem foi criado com o direito inalienável da busca pela felicidade. Sim todos nós de uma forma ou de outra buscamos ser felizes.
“Felicidade — Tão forte e tão doce que por alguns segundos dessa delícia trocaria dez anos de minha vida” - Dostojewskij
Um sádico se alegra com o sofrimento alheio. Mas está em busca de alegria, através de um prazer doentio. Outros buscam alegria em posses ou riquezas ou em poder. E nós, onde encontramos nossa alegria?
Jesus confere a nós, seus discípulos, hoje, uma missão. Muito ainda resta para ser feito. Isso significa que temos um fardo a carregar e um julgo a puxar, que porém são leve e suave.
Em nossa missão nós, seus discípulos hoje, colocamos-nos a caminho. Uma primeira advertência é que o território a percorrer é imenso e que o número de obreiros é restrito. Daí a necessidade imprescindível de mais trabalhadores e para tanto de oração.
Uma segunda advertência é que o território é hostil. Embora a missão seja de paz, nós estaremos pisando solo inimigo. Não obstante há uma garantia de que seríamos ouvidos, recebidos e sustentados nessa missão. Assim como a possibilidade de sermos rejeitados.
Quando recebidos os discípulos são portadores de bênção e cura, quando rejeitados, de juízo.
A batalha que se trava nessa guerra por almas, se dá em um nível espiritual, não é contra as pessoas, mas sim contra demônios, contra espíritos imundos. Sobre os quais o próprio Cristo dá aos seus discípulos autoridade.
Ao percebermos nossa invencibilidade diante das hostes do mal, nos enchemos de alegria. Pois assistimos a vitória do bem contra o mal. Juntos com Jesus podemos revolucionar e mudar o mundo!
A fé pode e deve gerar alegria, e a alegria também pode alimentar a fé. Quando vemos os resultados positivos de nossa fé, ganhamos experiência e nos alegramos. Quando temos boas experiências com Deus nos alegramos e alimentamos a fé.
Nossos sentimentos podem contudo nos enganar. Nem sempre nos alegramos pelos motivos ou razões corretas. É justamente nessa hora que se faz necessária uma mudança de curso. A rota precisa ser corrigida. Precisamos nos reorientar.
Voltemos aos 4 pontos que servirão para nos posicionar adequadamente no caminhar:
- Alegria
- Nome
- Escrita
- Céus
Quero gastar mais tempo no primeiro ponto depois passar mais rapidamente pelos outros três.
Olhemos um pouco mais a fundo de como funciona esse sentimento, a felicidade. Falemos de coisas terrenas: pesquisas neurológicas.
Atualmente a neurologia indica que a felicidade é um estado gerado em nosso cérebro resultante da atuação de algumas moléculas, de hormônios. Os hormônios endorfina, serotonina, dopamina e oxitocina, aos quais poderíamos ainda acrescentar a adrenalina e o ácido gama-aminobutírico, todos eles são responsáveis por diversos sinais relacionados à felicidade; tais como efeito analgésico, excitação, motivação, prazer, senso de acolhimento, energia e relaxamento. Vale a pena dar uma olhada em como esses hormônios são gerados e funcionam.
Num breve resumo diria que alimentação saudável, exercício, dança, música, meditação, contato afetivo, relacionamentos saudáveis, enfim um estilo de vida saudável contribui para que tais hormônios sejam produzidos e causem a sensação de alegria.
Agora, no plano espiritual é a mesma coisa. Se uma vida biológica saudável, produz por si só alegria; muito mais uma vida espiritual saudável produzirá, não somente uma vida biológica saudável, mas acima de tudo alegria bem maior e consistente.
Sermos cristãos alegres – por razões consistentes - é importante para nos situar em nossa caminhada, onde estamos e quem somos.
Sairemos agora do universo dos sentimentos e daremos um breve pulo no universo da razão. Como já mencionamos o segundo ponto nome está no universo da lógica. É através de nomes que definimos as coisas e as inter-relacionamos. Nós também possuímos nossos nomes próprios, sobrenomes e até mesmo apelidos que também nos definem.
Nomes são presentes que recebemos, geralmente, de nossos pais. Eles se tornam nossa propriedade. Carregam um significado. Até mesmo no ventre materno um bebê pode ouvir a voz de sua mãe, chamando-o – pelo nome.
Deus também nos chama pelo nome, já quando estamos no ventre materno. Jesus diz conhecer suas ovelhas pelo nome e elas conhecem a sua voz.
Estarmos cientes de quem somos, de que temos um nome, também é muito importante para nos situarmos em nossa caminhada, onde estamos e qual identidade possuímos.
O terceiro ponto que nos ajuda a situarmos-nos é a escrita. Nosso nome não é somente chamado, mas está também escrito. A escrita materializa o que a razão e as emoções conceberam. A escrita transmite a ideia de certeza, de confirmação, de algo que está firmado, gravado.
Aqui nessa vida, todos nós reconhecemos a importância da escrita. De um documento, de um diploma. É bem verdade que a letra pode matar e é o espírito que vivifica. Por isso esse ponto vem como consequência do que já foi gerado no plano espiritual. E escrita trás para o chão da realidade aquilo que já existe e só existe no mundo das ideias.
Nossos nomes estão escritos, escritos em um livro. O livro da vida do cordeiro. Precisa-se dizer algo mais?!
Essa certeza da escrita serve também para nos conferir firmeza no caminhar. Temos algo concreto que nos orienta. É o ponto que firma os nossos pés nos chão.
Por último, como ponto norteador temos os céus. Onde nossos nomes estão escritos. O livro da vida está nos céus, na eternidade.
Muito poderíamos agora falar sobre os céus. Mas vamos ficar com um só foco nessa ilustração. Os céus é o nosso lar. O destino final. A casa do Pai.
Termos um destino certo, da magnitude dos céus. Ele não só me posiciona onde estou agora, como também me direciona para onde devo dar o próximo passo. Além de me mostrar quem eu sou. Sou filho do Pai celestial, sou um cidadão dos céus. Jesus subiu aos céus, e com Ele nós também. Ele é nós nos céus, nós devemos ser Ele na terra. Ele não nos deixou órfãos, Ele enviou-nos o seu Espírito. A presença do seu Espírito aqui também nos garante os céus aqui.
Alegremos-nos! Temos nomes pelo quais Deus nos chama, os quais estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro. Nos céus. Em nosso lar eterno, onde veremos Deus, o Pai, face a face. Alegremos-nos!
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