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sábado, 8 de janeiro de 2022

JESUS, o Candidato Eterno

A candidatura do Rei dos Reis não é para um governo nacional. Também não é para um reino deste mundo.

Satanás tentou o Cristo oferecendo-lhe “todos os reinos do mundo, e a glória deles” (Mateus 4:8). Jesus recusou, ali, esta chance de uma vez por todas. O seu trono estava e está nos céus.

Já que entramos neste contexto, vale a pena lembrar que é o Diabo quem oferece algo em troca de adoração e submissão. Deus é e está infinitamente e diametralmente oposto a essa prática ou proposta: “Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mateus 4:9). Em Cristo, Deus já nos deu TUDO, sem antes mesmo que o conhecêssemos ou muito menos o adorássemos. Nossa adoração é uma atitude de gratidão diante de Sua graça.

Então por que e para que Jesus é candidato? Ele já não reina? E por que eterno?!

Toda autoridade Lhe foi dada, nos céus e na terra. Jesus reina e sempre reinará. Neste sentido obviamente Ele não se candidata a nada e nem nunca se candidatou. Jesus é Deus Filho. Soberano, todo poderoso. Domínio e poder estão em suas mãos. Jesus não foi e nem é eleito pelo voto popular. Não é a maioria que diz se Ele reina ou reinará ou não. Assim, em sentido estrito e amplo nem todo poder emana do povo, mas somente de Deus. Ele é a fonte de todo poder.

Como entramos por essa seara, vale também a pena lembrar que o poder em si é e deve ser algo bom, pois vem de Deus. O poder não é algo mau, em si. Tudo que Deus criou é bom. O poder em si não corrompe. O que corrompe é o pecado, os maus pensamentos, a cobiça, “o que sai da boca, isso é o que contamina o homem” (Mateus 15:11). Nesta categoria de poder poderíamos incluir o dinheiro (riquezas), o saber e a força física. Nada disso é ruim. A não ser que sejam pervertidos.

Neste mundo há muita perversão. Perversão sexual, moral, e também do poder. Encontramos também, não tão frequentemente, o poder sobrenatural. O qual quando exercido sob a graça de Deus é bom. Todavia até esse pode ser pervertido em sua natureza e fins.

É justamente nesse interim que Jesus aparece como candidato. É o famoso, “eis que estou a porta e bato”. Jesus está batendo à porta de igrejas, como fez em Laodiceia, querendo entrar. Ele se apresenta educadamente como uma opção – a única, é verdade – mas Ele não arrobará, nem muito menos a abrirá por fora. Ele se candidata, Ele espera, Ele dá um impulso, faz um sinal e espera a reação do lado de dentro. Um voto de confiança. A fé.

Se em comunidades cristãs, as quais (nominalmente) já lhe pertencem, Ele não força a barra, o mesmo princípio acontece com indivíduos que já são seus discípulos: “Quereis vós também retirar-vos?” (João 6:67) A porta está destrancada por dentro. Somos todos livres. Jesus não prende ninguém, contra sua vontade. Por quê? Às vezes gostaríamos que Ele atropelasse nossa vontade e fizesse tudo por nós e nos eximisse de todo peso de nossas responsabilidades. Ele pensa, Ele faz as escolhas, Ele sente, Ele age... E de certa forma é precisamente esta sua proposta! Ele se candidata para viver Sua vida em nós. Para ser o nosso DEUS.

Assim, Ele se candidata educadamente, já tendo sido eleito eternamente. É um período de tempo em que vamos sendo discipulados e aprendemos cada vez mais a confiar e depender somente dele de Seu Espírito. E nesse processo, não somos jogados para escanteio, pelo contrário, somos resgatados para o jogo, somos salvos e vamos sendo salvos, n’Ele.

Então a expressão “candidatura” de Jesus não sendo algo explicitamente bíblico, nos ajuda, todavia, a enxergarmos o fato de que cada um de nós, uma hora, terá que tomar posição frente a Sua oferta irresistível. E não raramente pessoas resistem ou tomam posição contrária a essa oferta, e por isso permanecem sob juízo. Em outras palavras eles oferecem o seu voto ao candidato da oposição, ao inimigo, ao Diabo.

Se entendemos o sentido do termo candidato, que possui algo de “cândido” em suas maneiras, podemos melhor compreender o porquê do adjetivo “eterno”.

Primeiramente, não é a candidatura que é eterna, mas o candidato. Um dia o período da campanha chegará ao fim. Teremos que fazer um xis na cédula, apertar o botão da urna. Nosso voto será computado. Esse dia é geralmente hoje. Hoje escolhemos se temos Jesus como nosso Senhor, ou se nos rebelamos contra Ele. Se o temos por digno de confiança ou por um charlatão. Essa nunca é uma escolha que pode ser deixada para amanhã. Deixar para amanhã é votar no inimigo.

Feita a escolha, desfrutamos da eternidade de Jesus. E recebemos a salvação de nossas almas – que é eterna. Então percebemos que a campanha ainda está em curso... e de certa forma, num eufemismo, é uma campanha, que eu diria ironicamente, eterna. Ela não terminará, enquanto estivermos nesse mundo e é por um tempo determinado, é verdade. Mas como o próprio Cristo certa feita disse: até quando...

Salmistas clamaram, profetas clamaram, até quando oh Senhor!?

... um pouquinho de tempo! (Não uma eternidade) E o que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá pela fé; E, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele (Hebreus 10:37,38).

Não depositemos nossos votos em reinos deste mundo, em candidatos terrenos e passageiros. Fiquemos do lado vencedor. Busquemos as coisas de cima. “A nossa cidade (pátria) está nos céus” (Filipenses 3:20).

Estou assim pregando contra a política terrena? Não! Amo política... Votemos em quem quisermos, em quem nossa consciência direcionar. Mas quanta energia gasto em promover meu político de estimação e quanta gasto em promover o Reino dos céus? Em pregar o Evangelho? Quanta esperança deposito na paz interior oferecida por Jesus, ou naquela exterior oferecida por um governo secular? Onde está a linha divisória? Até onde flertamos com a mentira, com a distorção de fatos, com prioridades que não são necessariamente aquelas postas por Jesus e pelas sagradas escrituras?

Não percamos o foco! Não percamos nosso tempo! Os problemas nacionais (e até mesmo globais) não deverão sobrepor as soluções eternas propostas pelo candidato eterno: Jesus de Nazaré, o Cristo, o Messias, o Filho de DEUS. Amém.

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