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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Até que ponto nós seríamos liberais?

image Saindo agora um pouco da questão da predestinação e das possíveis interpretações que teríamos desse termo, vamos pensar um pouco em um comentário sobre nosso Blog:

“O nome de seu blog, "Teologia Livre", me parece uma contradição em termos, a menos que eu esteja enganado. Pois nele encontrei sua clara dependência de antigos teólogos liberais do século XIX e XX. É evidente que não se trata, portanto, de uma questão de antiguidade, mas de conteúdo. Você quer uma teologia livre para 2009, mas isso quer dizer livre da teologia tradicional e presa à liberal alemã, que também é antiga.”

Então eu pergunto qual teologia é a correta a tradicional ou a liberal?

Qual perfil teológico é o correto? Mas essas perguntas são falsas! Como Rubinho salientou em seu comentário estaríamos mais uma vez caindo em extremos. E a força que me arranca de um extremo é tão forte, que é capaz de me empurrar simetricamente para o outro.

Mas poderíamos pensar, até que ponto estamos de acordo com a teologia já escrita?

A fórmula é simples, calcula-se uma média aritmética, somam-se os percentuais e dividi-se por 11 (o número de teólogos). Tive o trabalho de agrupar alguns testes feitos por alguns de nossos colaboradores e amigos. No quadro abaixo vemos que essa média equivale a 54%.

Teólogos

Vítor

Roger

Lucas

Fanuel

Faustini

Nani

Totais

Schleiermacher

50

67

75

100

75

67

72%

Moltmann

33

83

92

83

58

83

72%

Anselmo

92

67

83

0

92

75

68%

Calvino

58

42

50

50

67

92

60%

Paul Tillich

42

58

33

100

75

50

60%

Karl Barth

83

50

50

17

58

67

54%

Lutero

83

42

50

33

67

50

54%

Rudolf Bultmann

17

17

50

100

50

42

46%

Agostinho

58

50

50

0

58

58

46%

Jonathan Edwards

33

42

50

33

58

17

39%

Finney

33

58

0

42

8

0

24%

 

52,91

52,36

53

50,73

60,55

54,64

54%

Com base nesta estatística poderíamos dizer que pouco mais da metade de nossas convicções teológicas fecha com a teologia acadêmica (liberal ou tradicional). Poderíamos ainda dizer que somos influenciados (não dependentes e não presos) tanto pela teologia liberal quanto pela tradicional.

Então somos livres!

Mas como já disse um gaiato, estatísticas são como biquini, mostram tudo, mas tampam o essencial. Esses número são baseados em apenas 3 perguntas por teólogo relativas aos temas centrais de seus ensinos. Quantas páginas cada um deles já não escreveu? Qual a validade daqueles escritos para os dias de hoje? Quais os temas relevantes para a atualidade? Ou seja, ainda há mares para serem navegados. E é nessa mistura de ideias, de cabeças pensando juntas, que vamos descobrindo um pouco mais de um Deus que é multiforme , que não se deixa engaiolar e que sempre tem algo novo para nos revelar, por graça.

Leia também:

- protestantismo e liberalismo no Brasil Colônia e na República
- As velhas coisas são passadas (ou respondendo Clóvis - 1)

6 comentários:

  1. Xiii, caramba! Vc me mete em cada uma! Mas gostei do que vc disse de ser influenciado, mas não dependente, das teologias liberal e conservadora. Lógico! Somos fruto do passado, certo. Mas devemos ir além dele e fazermos algo novo e bom com aquilo que recebemos de herança. Isso é difííícil...

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  2. Rubinho,
    não é atoa que tenho vocês listados aqui do lado. Sempre que me encrenco, o que acontece com certa frequência, sempre terei um para levar comigo.
    Mas quanto à predestinação terei que esperar agora os estudos de seu pai, para que eu não me encreque mais ainda!!

    Abraços,

    Roger

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  3. A grande questão não é ser radical, nem liberal, mas equilibrado. Este é o desafio: Jesus era capaz de transitar em locais aonde o status quo religioso de sua época jamais iria. E ninguém podia acusá-lo de pecado. Equilíbrio total. Abraços!

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  4. Bem lembrado, Lima,

    e acrescentaria que ele ainda conseguia transitar entre o estatus quo religioso, onde poucos eram bem vindos. Haja equilíbrio.

    Abração!

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  5. C.S.Lewis dizia que o diabo vive nos empurrando aos extremos, concordo com ele, é aí que moram os piores problemas. Há "pecados" nos extremos da teologia conservadora como também da teologia liberal. Temos que pensar mais com nossas cabeças do que com as cabecinhas de Bultmann ou Calvino...

    Um abraço!

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  6. Vitor,

    nada a acrescentar. Assino embaixo.

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