“Tenho dificuldades em aceitar rótulos como "liberais", "conservadores", "fundamentalistas", "esquerdistas", etecetera, porque isso acaba criando categorias de pessoas. Mas não tenho problemas em classificar idéias.
[...] Infelizmente, a Teologia Liberal não chegou completamente no Brasil. Muitos teólogos ainda não são estudados. Sabemos apenas via manuais de história da teologia. Mas a teologia fundamentalista está aí, firme e fortalecida pelas instituições para-eclesiásticas.
[...] Sou contra trazer a guerra americana entre liberais e fundamentalistas para dentro de um país como o Brasil, porque o fundamentalismo sairia ganhando. Podemos discutir idéias, classificá-las, mas não há como balancear o debate. O ambiente eclesiástico tende a ser fundamentalista. A teologia liberal ecoa mais em círculos acadêmicos progressistas.
Outra coisa, as idéias da teologia liberal tendem a serem vistas como superadas, assimiladas e diluídas com a pós-modernidade. Ressuscitar este debate hoje seria o mesmo que ressuscitar a divisão do mundo em socialista e capitalista. Ou seja, seria impossível e inviável. Além do que soaria démodé e atrasado num país que já tende a ser tachado com esses desagradáveis adjetivos.
por Felipe Fanuel
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