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sábado, 11 de agosto de 2018

O Evangelho é da prosperidade, pela prosperidade e para a prosperidade

O termo não foi sequestrado, mas nós é quem nos sentimos, nos tornamos, reféns. Basta! Não precisa ser assim, somos livres, libertos para a liberdade.

Então o dito “evangelho da prosperidade” é correto, a teologia da prosperidade é boa? Evidentemente que não!

O que se chama de “evangelho da prosperidade” não é evangelho e nem prosperidade. No fundo não passa de um positivismo, de uma ilusão barata que é vendida a altos preços, que visa enriquecer seus propagadores. Um sistema que funciona na base da pirâmide, da bola de neve, onde quem está no pé do sistema não tem nada e quem está no topo tem tudo.

Mas isso significa que tudo na teologia da prosperidade é ruim? Não. Evidentemente que não. Graças a Deus, não!

O Evangelho é da prosperidade. Assim a Bíblia deixa claro que a prosperidade é um dos principais benefícios do relacionamento do homem com Deus. Não poucas vezes a Bíblia liga a palavra bênção com riquezas materiais. Deus quer que um homem justo prospere.

Prosperar significa ser rico? Também.

Prosperar significa saúde? Também.

De forma bem objetiva ser rico e saudável está no cerne das necessidades humanas. Todo ser humano quer ser feliz. A felicidade pode ser algo bem subjetivo. Mas de forma clara para toda e qualquer pessoa, de qualquer idade, cultura ou gênero, com bom senso, o ser feliz está ligado à uma confortável situação financeira e saúde física.

Não é à toa que Jesus exigiu do jovem rico que ele vendesse todos os seus bens e desse aos pobres. A redistribuição de renda é uma forma de fazer com que as bênçãos de Deus (concentradas em poucas mãos) seja relocada a outros que estão privados delas. Não é por acaso que na parábola do rico e de Lázaro, Abraão diz ao rico que ele recebeu em vida todos os seus bens e Lázaro que outrora privado agora receberia seu quinhão no paraíso. O objetivo último de Deus para o ser humano não é a miséria, mas a prosperidade. Jesus se fez pobre para que fôssemos feitos ricos.

Não faz sentido nenhum pregar um Evangelho da miséria.

Os pobres serão bem aventurados. Sim, mas por quê? Pois deles é o Reino de Deus. E o Reino de Deus não é um reino de miséria mas de prosperidade e riquezas.

Então o que é o Evangelho? É uma boa notícia! Sim, de saúde. De bem estar. De até mesmo, ouso dizer, conforto. Consolo. Prosperidade!

Por isso a batalha que se trava não é semântica. Não basta dar um nome ao fenômeno. Não adianta atacar ao fenômeno assim erroneamente denominado. Como Paulo já disse, não há outro Evangelho. E o que importa é que Cristo seja pregado.

Então o que deve ser atacado? É aquilo que está bem perto de qualquer igreja, seja ela neo-pentecostal ou não, evangélica ou não, mediática ou não. Aliás é aquilo que tão de perto rodeia todo ser humano: a avareza, a concupiscência, a ganância, o pecado.

Um pastor não precisa ser adepto da teologia da prosperidade para ser avarento. Simples assim. E não necessariamente aquele que prega a prosperidade financeira precisa ser avarento.

As práticas são questionáveis, não restam dúvidas. São reprováveis? Claro! Mas outra vez, o que combatemos é a barganha com Deus. Os ditos assassinos da graça. A ideia de que se pode alcançar algo de Deus por merecimento ou esforço próprio. E isso está mais próximo de nós do que o evangelista da televisão que promete resolver todos os problemas de seus telespectadores ou o último livro da moda com seu automatismo e mecânica espirituais.

Preguemos a graça. Graça é o verdadeiro Evangelho da verdadeira prosperidade. Pois na graça de Deus há saúde e riquezas em abundância para todos. Sempre? Incondicionalmente? Em princípio, sim. E por enquanto isso nos basta.

Não diminuamos Jesus. Ele é o mesmo sempre, que estende sua mão poderosa e misericordiosa para salvar, para curar, para abençoar, para tirar o homem da miséria para a salvação e fazê-lo prosperar. E o Evangelho é esse poder de Deus para isso mesmo. E importa que ele assim seja pregado.

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