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sábado, 17 de fevereiro de 2024

Jesus é A Selfie de DEUS!

 Jesus, a expressa imagem da pessoa de Deus – Heb 1:3

Deus, como inicialmente o conhecemos, é o Papai do céu. Alguém bom que cuida da gente e do mundo. Quando necessário, e abusamos de sua boa vontade e agimos de forma egoísta e má, ele eventualmente nos castiga – a nós todos, a indivíduos e ao mundo.

O problema é que o mundo está cheio de abusos e maldades. Portanto, cheio de castigo, por todas as partes. Guerras, doenças, terremotos etc.

Então o Papai do céu passa de alguém a ser amado, respeitado e temido por sua bondade e santidade a alguém a ser evitado, ignorado e por fim reprimido.

Evidentemente que os mais devotos se alistam para o exército moral de Deus e tentam estabelecer a ordem com as próprias mãos, por meio de uma religião cheia de regras, da qual Papai do céu só se afasta. 

Nessa hora surge um Filho. Nascido de mulher. E Deus mostra-nos realmente como, e sobretudo, quem Ele é.

Esse filho abraça os pecadores. Se mistura com eles. Os cura. Mostra-lhes sua perfeição, sua misericórdia.

Ele nos revela Deus Pai. Um Deus que não está lá longe no céu. Mas que se aproxima. Não um Deus que está condenando e castigando o mundo. Mas que o ama. De forma tão incrível que se deixa até castigar a si mesmo para salvar. Ele se dá, ele per- doa.

Um Deus que é a cara de Jesus. Com Ele vivo e existo.

terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Creio ou sei?

"Porque eu sei em quem tenho crido" - 2 Timóteo 1:12

Creio em Deus ou sei que Deus existe?

Eu sei que Deus existe, pois seu eterno poder está manifesto claramente na natureza. A criação manifesta de forma patente e indiscutível a glória de Deus.

Eu creio em Deus, pois a Bíblia me diz que no princípio Ele criou os céus e a terra. Também ela me revela o caráter desse Deus único, que é bom e fiel.

Creio e sei que há vida após a morte?

Sei que há vida após a morte porque quando um grão de café cai na terra e morre, a vida surge numa nova planta que gera outras centenas de grãos.

Creio que há vida após a morte pois aqueles que viram Jesus ressuscitado nos contaram sua experiência.

Se creio e sei, o que vem primeiro: a fé ou o saber?

Quando afirmamos que dois mais dois é quatro, foi porque alguém de confiança me ensinou a chamar as diferentes quantidades por números diferentes. Ele me mostrou a relação de soma entre essas quantidades. Porque acreditei naquela pessoa, pude acreditar na matemática que ela me ensinava. Porque acredito na matemática, sei que ela existe e funciona. Pois a fé sempre precede o saber.

Sei que existe uma "lei da gravidade" ou que "a terra é redonda" porque creio na ciência, na física, na geografia. Creio no sistema educacional, em meus professores.

Mas se a fé vem primeiro, ela é maior? O que me dá mais certeza, minha fé ou meu saber?

De fato a fé é mais segura.

No Natal existem dois personagens: um fictício, papai Noel; e outro real, Jesus Cristo. Adultos sabem que o primeiro não existe porque não acreditam nele. Mas houve um tempo em que acreditavam. E porque acreditavam, sabiam que ele existia. Até que alguém lhes contou a verdade.

Nem todos adultos acreditam em Jesus. Eles não sabem que ele existe, que ele é real, porque não acreditam nele. Mas muitos de nós sabemos da realidade do Filho de Deus, pois um dia acreditamos nele. Paramos de duvidar. Paramos de nos apoiar em nosso próprio entendimento e passamos a confiar de todo coração naquilo que Deus diz, em quem ele é.

O saber e a experiência nunca devem assumir a primazia. O "meu" saber e a "minha" experiência devem permanecer sempre submissos à pessoa real do Deus vivo e sua palavra.

Creio, portanto sei.

domingo, 1 de outubro de 2023

Vós sois Sal conservador e Luz progressista

Não existe polarização no Reino de Deus. O que existe são tensões naturais, saudáveis e por isso desejáveis. 

Ser sal da terra não significa somente dar gosto e sabor à vida nesse planeta. É papel óbvio da igreja cristã traduzir para a sociedade coisas essenciais da vida, como verdade, como justiça, misericórdia, esperança, fé e amor. Tudo isso torna o cotidiano suportável e até mesmo saboroso. Pois assim é vivido para glória de Deus e como tal gera alegria, gozo e contentamento. 

Contudo ser sal significa também conservar. Então uma das tarefas da igreja está em manter valores, costumes e tradições que são atemporais. O processo de putrefação na cultura de uma comunidade se inicia quando os bons valores, os bons costumes e as boas tradições começam a se deteriorar. Nessa hora não adianta queixar-se do governo, dos políticos, dos artistas ou do main stream. A responsabilidade está em nossas mãos. Se perdermos nosso sabor seremos pisados pelos homens. 

Enxergando por esse prisma o cristão é obviamente um conservador.

Mas o viver nem sempre é tão simples assim... ele é multifacetado e um pouquinho mais complexo. Por isso Jesus Cristo afirma que também somos a luz do mundo.

Nesse aspecto o cristão é um progressista. Por quê? Porque assim como a luz penetra na escuridão e dissipa um estado retrógrado de coisas e aponta para um avanço; assim também é papel óbvio da igreja romper com padrões ultrapassados de injustiça, opressão e trevas deste mundo; e promover o progresso rumo à justiça, à libertação e ao bem-estar social. E acima de tudo ao encontro com Deus.

Nossa responsabilidade aqui é de resplandecermos e não ocultar nosso brilho, que evidentemente tem sua origem no próprio Cristo e em seu Evangelho. 

Eventualmente surgirão nesse jogo tensões sérias sobre o que se deve conservar e o que deve ser posto de lado; o que deve ser construído é oque precisa ser desconstruído. 

Mas será nessa dinâmica que o Reino de Deus irá se expandindo sobre a terra, não apesar das tensões, mas por causa delas.

domingo, 16 de julho de 2023

A resposta cristã para a origem do mal #01

E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom - Gn 1:31.

Se Jesus é só bem, o bem mais puro, de onde vem então o mal? Filósofos se encontram aqui diante de um problema insolúvel. Mas não os cristãos. Só há uma resposta cabível para a origem do mal, e ela é dada pela revelação divina.

Gênesis nos guia passo a passo nessa jornada. Deus sempre existiu. Quando Deus cria os céus e a terra, Ele cria o espaço! Dois espaços distintos: céus e terra. E a terra era sem forma e vazia.

Mas teria Deus criado também o mal? Já no primeiro capítulo, no versículo 2, o autor de Gênesis nos informa que havia trevas.

Seriam as trevas já o primeiro indício do mal?

As trevas e as águas aparecem juntamente com os céus e a terra - sem uma menção específica de que surgiram de ato criativo de Deus. Contudo, a física nos ensina que, ao contrário das águas, que é algo físico e palpável, as trevas não passam da mera ausência da luz. Deus não cria categoricamente as trevas, pois em última análise elas não existem. Assim como a luz ainda não existia.

Mas logo na sequência Ele, ainda no primeiro dia, cria a luz.

A obscuridade está na própria natureza do mal. No dia em que tudo estiver claro, as trevas desaparecerão! Isso é o futuro que aguarda aqueles que habitarão na cidade de Deus, um lugar de perfeita luz – "nela não haverá noite" – Ap 21:25.

Deus não diz que as trevas eram más. Vê apenas que a luz era boa e faz separação entre luz e trevas: Dia e Noite. É o início do tempo!

Sob o ponto de vista meramente estético, percebemos algo bom, a luz, e algo ruim, as trevas. Mas ainda estamos um capítulo distantes da questão ética, do bem e do mal – e sua origem.