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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O que há de errado com a igreja brasileira?

Você já parou para pensar que em poucos anos a China será a maior nação cristã do mundo? Segundo as estatísticas de Johnstone (Oração pelo Mundo, 2003) a população cristã da China está em torno de 91 milhões e cresce a uma taxa de quase 8% ao ano. E mais, existe uma população de mais de 1 bilhão de não-cristãos. O desafio é grande, muito grande, mas está na ordem do dia.
Deixemos a China e voemos para a América do Norte, para a maior nação cristã de nosso planeta com cerca de 235 milhões de cristãos. Apesar de ser o terceiro país católico do Mundo, os Estados Unidos são preponderantemente evangélicos ou protestantes. É de lá que sai a maior parte da teologia, das ideias e das decisões que influenciam o Brasil cristão (evangélico) hoje. Não haveria nada de errado com isso se toda essa “dependência” fosse positiva, mas não é!
Aliás, o Brasil já conquistou sua independência espiritual há muito tempo, só não tomou ainda consciência disto. E essa é minha principal crítica à nossa igreja.
Existem boas diretrizes vindas dos EUA e isso nos alegra mas o que irrita é ver as pessoas no Brasil (e, diga-se de passagem, na Europa não é diferente) quererem copiar tudo de forma acrítica e literal. Não funciona. E quando funciona os resultados são ilusórios.
Isso leva à raiz de um problema típico vivido em solos brasileiros: o proselitismo. Esse é um mal insuperável entre os protestantes e a única maneira de superá-lo é tomando consciência disso. Todos precisamos saber que a passagem de Mt 23:15 nunca serviu tanto para nós evangélicos, como hoje:

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós”.

Se nós atentarmo-nos bem para a cultura americana, a começar pela história religiosa, veremos que essa estratégia de “fazer convertidos” tem sua razão de ser lá, onde a população católica e de não-cristãos competem de certa forma de igual para igual com as maiores denominações evangélicas. Mas em outros países esta estratégia é nociva.
Paul Tournier teve boa percepção sobre esse assunto ele narra um caso interessante em seu livro “Culpa e Graça” que transcrevo abaixo:

“Recentemente, reencontrei uma mulher cuja educação severa às mãos de um pai autoritário carregou-a de sentimentos de inferioridade e culpa dos quais tenho tentado libertá-la. Durante as férias ela encontrou um pastor cheio de dinamismo e se abriu com ele sobre estas dificuldades. "Você passou pelo novo nascimento?" perguntou-lhe ele. E ei-la de novo afogada em seus sentimentos de inferioridade e culpa. "E verdade", disse ela, "não passei pelo novo nascimento! Mas o que é preciso fazer para passar por ele? Outros já o experimentaram e estão libertos, no entanto isto ainda não aconteceu comigo. A prova é que eu vivo tão atormentada!"
Não contesto a mensagem evangélica do novo nascimento, nem a experiência do novo nascimento que eu mesmo tive. Na verdade, esta moça parece ter nascido de novo sem se dar conta, libertando-se pouco a pouco do mecanismo psicológico que a havia aprisionado, alcançando a liberdade espiritual.”

No fundo, toda uma questão envolvendo soterologia e poder (autoridade) está envolvida nessas guerras institucionais que deixam sua marcas no cristianismo e no culto que oferecemos a Deus em solo brasileiro. Não é de se estranhar que sejamos isolacionistas em nossa fé, que não busquemos a reconciliação, nem a unidade e nem a união.
Há muito terreno para ser percorrido. Talvez os chineses em alguns anos comecem a nos trazer boas lições nesse sentido.

Leia também:

Foto: Ruínas de Igreja dos Jesuítas - Século 17 - Guarapari

13 comentários:

Anônimo disse...

paz irmão,

Depois de se mostrar idólatra , escreve um texto ruim deste. Misericordia.Não tem outra coisa pra vc fazer em vez de escrever. Poxa vida. Não consegui nem terminar. Acho que é melhor vc continuar falando dos outros escritores mesmo, por que para este oficio (escritor ) vc está por fora.

Desculpe a sinceridade. Mas isso pode te poupar de mais vexames.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Oi Josias,

me mande algum link para seus textos, assim poderei ter uma idéia melhor de quem você é e o que você pensa e com quem estou falando.

Você não tem que se desculpar pela sinceridade eu é que te agradeço por gastar seu tempo lendo meus textos e ainda ter o trabalho de comentá-los. São coisas para eu pensar um pouco.

Uma boa semana para você e sua família,

Roger

Anônimo disse...

Paz;;

Por favor me poupe. Que texto horrível. Tem titulo. Mas não tem meio nem fim. Não se sabe o que realmente o autor quer dizer, e termina derrepente. Fala verdade irmão. Está terrível. Desculpe a sinceridade.

Jesus me chicoteia

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Caro Rodolfo,

obrigado por sua sinceridade, não tenho nada para de desculpar. Eu é que te agradeço por você ter lido meu texto e ainda ter tido o trabalho de comentá-lo e criticá-lo via E-mail ainda que essa crítica pareça dura. São coisas para eu pensar um pouco. Só te peço para você, se possível, me indicar alguns textos seus para que eu possa ter um referencial de com quem estou falando.

No mais te desejo uma boa semana,

Roger

Anônimo disse...

Graça e paz,

Jesus tem misericordia. Afinal vc falou de que??? Não entendi nada. China , brasil , proselitismo, testemunho da moça , novo nascimento,soterologia etc.

Sangue de Jesus tem poder.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Amiga Bianca,

que pena não consegui me expressar de forma que você pudesse entender.

Suas palavras, todavia, foram fortes e pude entendê-las bem. Não sei se foi teu objetivo, mas me entristeceram um pouco. O que não me faz perder o respeito por você, quem ainda nem conheço.

No mais, boa semana,

Roger

Anônimo disse...

Graça e paz,

É o que eu acho amigo rogerio.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Oi Bianca,

o que você acha tem valor.
Quem sabe se no próximo texto consigo ser menos abstrato e você possa aproveitar algo?!

Abraços fraternos,

Roger

Luis Carlos disse...

Oi,
Admiro sua reflexão e concordo com você. Deveras é preciso que a igreja brasileira tome consciência de sua independência espirtual a fim de responder às perguntas existenciais e sobretudo teológicas de nosso próprio contexto.
Parabens, você detectou um questão séria.
Abraços.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Que bom, Luis Carlos,

então não sou assim tão maluco e ruim de escrita quanto parece ou...
você é tão pirado quanto eu!! Cuidado heim!!!! rsrs

Abraços, e volte sempre,

Roger
PS:O Beto me falou muito bem a seu respeito!

Humberto R. de Oliveira Jr disse...

E viva a China!

bete p.silva disse...

Roger, haja visto no campo da música. No Brasil temos músicos cristãos excelentes, mas a grande maioria (felizmente ainda há uma minoria resistente) prefere copiar modelos estrangeiros, até mesmo os cantores, que se esforçam para dar à voz entonação de intérpretes americanos.

Sinto saudades dos disquinhos com músicas em estilo forró, pura bossa nova e até sambinha dos Vencedores por Cristo dos anos 70/80, saudades da "pimenta" do Serginho, do Jairinho...

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

É verdade Bete,
até hoje guardo o "tanto amor" só para escutar o rítimo brasileiro. Mas são raros...
Com a música vem toda uma teologia imbutida. Nem sempre ruim, mas alienígena.
Abrçs,
Roger