Maalalel estava feliz. Hoje era dia de festa na família. Seu tataraneto Lameque fazia aniversário. “Aquele bebê já iria fazer 5 anos de vida! Como o tempo passa tão rápido...”: pensava Maalalel.
Dentre os convidados podia-se encontrar o pai da criança, o jovem velho Matusalém, com seus míseros 192 anos. Ele era um dos bisnetos favoritos de Maalalel.
Seu neto o educara bem. Enoque, era um menino de ouro, completava naquele mesmo ano 257 anos, mal poderia imaginar que em breve, daí a pouco mais de um século, Deus o arrebataria pra si.
O filho de Maalalel, Jarede, agora com 419 anos, já estava quase tão velho quanto ele. “Como aquele rapaz desenvolveu...”
Maalalel mesmo completara seus 484, quase meio milênio de vida! “Poxa! Mas será que alcanço papai?”
O papai, que já começava apresentar os sinais da velhice com seus 554 anos, era Cainã. “Mas o velho comia como se ainda tivesse 15. Já falei para ele maneirar no colesterol”.
Com um bom copo de vinho na mão lá estava Enos, o vovô querido de Maalalel. Idade? 644.
Quem matinha a boa forma para idade era o bisavô de Maalalel, Sete, que já ia para a casa dos 50. Digo 750. Sempre bem humorado e rodeado de pessoas e causos.
Lá no canto um pouco isolado da confusão, com um pratinho de bolo na mão, estava o velhote, o tataravô de Maalalel. Com seus 879 anos de idade, abraçado com sua Eva. Eles brincavam com o aniversariante. Adão ria e se divertia com a criança (seu tatatataratataratataratatararaneto), e pensava consigo mesmo: “É… De fato, nunca mais fiquei sozinho”.
Baseado no primeiro livro de Moisés capítulo 5.
3 comentários:
Roger,
Isto que é grande família! A linguagem do Gênesis continua encantando e você parafraseou bonito.
Abraço.
Obrigado, pastor Juber,
tem alguns dias que minha releitura de Genesis ficou atravancada, na espera do ânimo para tanta matemática.
Talvez agora eu avance mais um pouco e venha outra inspiraçãozinha deste tipo.
Abraços,
Roger
Se somarmos a idade desse povo aí vai dar a população da bíblia.
Roger, não desista do Gênesis.
Dizem que nem foi Moisés que escreveu, verdade?
Postar um comentário