Penso na igreja e nas religiões e penso no papel do governo. A partir desses dois eu chego a um conceito particular de pós-modernidade, que não deve estar muito fora do real conceito.
Eu sei, essa é uma simplificação, que serve só para mim. Mas justamente esse “para mim” é o espírito da pós-modernidade.
Pois bem, houve um tempo que igrejas e religião ditavam as regras e os indivíduos eram esmagados em suas individualidades. A pós modernidade liberta a pessoa da tirania desses “valores tradicionais”.
Observe no gráfico acima e você verá que os países da metade superior são dominados por esses valores seculares (ex-comunistas - mancha vermelha, Europa Católica - verde claro, Europa protestante - mancha amarela. Ao contrário, os países da metade inferior, africanos e latino americanos são ainda influenciados por valores tradicionais.
Quanto mais secular e menos apegado aos valores tradicionais, mais uma cultura é pós-moderna.
Por outro lado havia também a tirania dos governos. Eles tinham o papel de garantir os valores de sobrevivência, alimentação, trabalho, segurança, moradia e etc. Uma vez que os países foram se desenvolvendo economicamente o foco voltou-se para os valores de auto-expressão dos indivíduos como liberdade de expressão, ativismo político, tolerância, experiências espirituais.
Assim no lado esquerdo do gráfico observamos os países africanos e os ex-comunistas que estão presos aos valores de sobrevivência. Já a Europa Protestante, os países de fala inglesa, como USA, Canadá e parte da Europa Católica e os países da América latina se encontram no lado direito do gráfico, quer dizer que dão maior ênfase aos valores de auto-expressão.
Países como Suécia e o restante da Europa Protestante vivem imersos na pós-modernidade. Lá, tanto igreja como governo tem menos influência na vida dos indivíduos, e esses por sua vez são mais donos de seus destinos.
2 comentários:
A "coisa" não é tão cor-de-rosa assim. Há sérios e profundos problemas no modo de ser pós-moderno. Mas isso não invalida a sua perspectiva, ela apenas não é abrangente o suficiente.
Maior independência para os cidadãos, atravéz da menor interferência de Estado e Igreja. Será que um dia o Brasil alcançará esse estado? E olha que esses países são Monarquias!
As coisas são muito diferentes do que nos ensinam na escola!
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