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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Saudades de emigrante

Quando a tempestade começar a cair
A atenção se escorrerá pela janela
Pensarei em fugir, em sair
Com as lembranças que tive dela

Todos os vidros se estremecerão
Com o sopro do frio lá de fora
a alma, a calma se angustiarão
com vontade insuportável de ir embora

Lá dentro o calor embaçado
A segurança de um sufoco
A sorte de um desgraçado
As certezas e as razões de um louco

Mas a chuva que tudo lava e redime
molhará o coração com fé sublime
é justa e nada discrimina
fará esquecer todo destino e sina

Então quando as densas nuvens passarem
Quando o clarão da lua novamente brilhar
A liberdade e a coragem de novo se abraçarem
Com lágrimas de chuva nos olhos decidiremos ficar

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