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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O Herói (estação 3 de 5)

O heroísmo de Felipe se difere do heroísmo de Estêvão.

O legado que aquele diácono nos deixa seja talvez a quebra de alguns paradigmas eclesiástico que sustenta-se até hoje:

Primeiro Felipe prega o Evangelho na Samaria alcança um grande número de pessoas e depois vai embora sem dar indício de ter deixado alguma igreja organizada.

Segundo ele batiza um Etíope em tempo recorde, sem que este passe por uma longa jornada de catequismo, bateria de perguntas ou tenha que recitar alguma fórmula complexa e elaborada de credo ou confissão de fé.

Por último, uma vez batizado o Etíope, Felipe some no mapa e deixa o recém convertido entregue à própria sorte. Não há um período de discipulado, de treinamento ou coisa do gênero.

Felipe, um homem com poderes milagrosos, foi o primeiro a fincar o Evangelho fora das fronteiras da Judéia (na Samaria), o primeiro a abraçar uma terra estrangeira de forma mais ampla.

Felipe viveu de acordo com sua fé, e não de acordo com uma organização.

Os dois diáconos tem um início comum e um fim tão distinto: Enquanto Estêvão foi martirizado, Felipe foi para Cesaréia, casou-se e teve quatro filhas – viveu aparentemente uma vida longa e normal. Quem compreenderá os desígnios de Deus?

(Continua...)

Um comentário:

Tuco disse...

E é uma adorável coincidência que a igreja ortodoxa etíope seja a maior e mais antiga da África, não?