Jesus é o pacificador por excelência. O
Príncipe da Paz. Paulo nos disse que Ele “é” A nossa paz! Pois, na sua carne
Ele desfez a inimizade, fazendo a paz, e pela cruz reconciliou a humanidade com
Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. Jesus evangelizou a paz.
Não obstante, o Cristo mesmo disse: “Cuidais
vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas antes dissensão”. Ele não
hesitou em dizer: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta
espalha”. Eis o dilema...
É muito comum, quando você se sente mal
entendido, perseguido por alguém ou abandonado ou mesmo odiado, que tentem te
consolar com as palavras: “nem Cristo agradou todo mundo”. Mas a questão aqui
não é agradar, e nem muito menos todo mundo. Paulo também afirmou que se
quisesse agradar a homens, não agradaria a Deus. Mas o dilema é ser ao mesmo
tempo um pacificador e semeador de dissensão. Como pode ser uma coisa assim?
Em primeiro lugar, temos que deixar bem claro
que, só Cristo pode e poderia afirmar categoricamente isso, que quem não é por
Ele, é contra Ele. Todos nós estamos longes desse patamar, pois somos falhos,
e, eventualmente, alguém pode até mesmo não ser por nós, e isso, justamente por
amor, sendo assim a nosso favor. Por exemplo, quando tomamos a trilha errada,
ou aquele caminho que aos nossos olhos parece ser bom, mas seu fim é o de
morte, nada como uma palavra ou mesmo uma atitude amiga que aponta radicalmente
na direção contrária. Aquilo que a princípio era contra a gente, no fim, mostra-se
favorável. Com Cristo é diferente. Pois Ele é a Verdade. Se alguém não é pela
Verdade, será fatalmente pela mentira, e, contra a Verdade. Portanto contra o
Cristo de Deus. Jesus é a Vida. Quem não é pela vida é contra a vida. E assim
por diante. Segundo, basta nos ressaltar que não é Cristo que se torna
contrário a alguém, mas a pessoa é que se volta contra Ele.
Jesus é absoluto. Ao ser a nossa paz, quem é
contra Ele, está automaticamente posto nas fileiras do adversário, portanto,
contrário à paz e contrário a tudo que Cristo representa e é. Assim, o Mestre
Judeu não deixa opções: ou é, ou não é, não existe meio termo. Por isso, todo
compromisso, toda aliança, toda paz, todo laço, à parte da Sua, são desfeitos
em dissensão. Ele é o divisor de águas.
Quando uma pessoa se converte, ela é
automaticamente posta à prova em seus relacionamentos mais íntimos: família,
amigos, trabalho, etc. É muito comum haver uma reviravolta e começarem a se
importar com coisas que nunca importaram antes só porque você se tornou um
seguidor de Cristo. Surge um interesse, quase que ciumento, por você; sendo que
antes era tudo mais ou menos sem importância nenhuma.
Porém, Cristo, e por consequente, nós os
cristãos permanecemos agentes da paz. Da verdadeira paz. Existe uma paz que não
é tão profunda. Vendida pelo mundo. Jesus não nos dá assim a sua paz, em troca
de algo, Ele nos deixa a Sua paz. Essa paz, dita pelo povo Hebreu, a Shalom de
Deus. Meu pai costumava dizer, tudo estava na “Santa Paz”. Assim é a paz de
Cristo, uma paz santa, única, íntegra. Algo que custou a Ele tudo, mas nos é
dada gratuitamente. Por isso mesmo, paz. Sem surpresas, sem ressalvas, sem
cláusulas obscuras. E uma vez recebida, não pode ser roubada ou movida. Todos
nós que um dia a experimentamos e lemos as palavras de Paulo, concordamos que
ele foi muito feliz em defini-la como “a paz que excede todo entendimento”. Não
há como entendê-la por completo. Muitas das vezes ela está presente justamente
quando todas as circunstâncias são desfavoráveis e tudo conspira contra ela.
Quem carrega em si essa Paz, também a espalha por onde vai. Por isso,
pacificadores.
Bem aventurados esses, os promotores da Santa
Paz, pois são como anjos, como seres celestiais, como o próprio Jesus, e, como
Ele, também chamados filhos de Deus.
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