“E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu.” (Gn 5:5 ).
Por alguma razão – não me pergunte qual – convencionou-se dizer – não pergunte a partir de quando – que a morte de que Deus falara era a espiritual.
Essa teoria, a da morte espiritual, não faz sentido nenhum. Um corpo sem espírito está morto. E um corpo com um espírito morto, também estaria literalmente morto.
Explica-se então que a morte de que Deus fala seria a separação. O homem estaria separado de Deus, então morto. Bobeira! O casal foi enxotado para fora do Éden, Deus continuou, contudo, presente aceitando o sacrifício de Abel e dialogando com Caim, por exemplo.
Só nos resta então uma escapatória para entendermos a afirmativa contundente do criador de que o homem morreria “no dia” em que comece do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, reforçada pelo advérbio de afirmação, “certamente”. A resposta não se encontra no como, nem no que, mas no quando! Para Deus um dia é como mil anos e mil anos como um dia (2Pe 3:8). Adão viria de fato a morrer (se ocorreria no dia ou no próximo milênio parece não ter importância), não uma morte espiritual, não de forma a ficar separado de Deus, mas a boa e velha morte que todos nós tão bem (des)conhecemos e tão bem evitamos.
Pior, porém, do que a sentença de morte é a privação da árvore da vida. Pois o seu fruto, sim, lhe daria a imortalidade que ele não possuía, nem antes mesmo de ter sido sentenciado à pena capital.
Preste bastante atenção: nenhuma pessoa à sua volta está espiritualmente morta, nenhuma! Elas estão bem vivas, como você e eu – só não me pergunte até quando.
2 comentários:
Obrigado por essa informação. A sensação era de já estar morto. A separação, e vivemos delas por toda vida, causa angústia e essa é a evidência da separação. Acordar todos os dias e dar de cara com a angústia nos faz sentir a morte.
Enquanto há vida, há esperança... é isso?
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