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domingo, 10 de janeiro de 2010

Nicodemus adimite que Deus é mais poderoso no teísmo aberto que no calvinismo

000801_0430_0009[1] A capitulação:

Augustus Nicodemus disse...

Paulo Brabo,
Muito legal seu comentário e não posso deixar de concordar com você. Realmente, o Deus dos arminianos tem que ser um super Deus, para conseguir realizar seus planos em meio a todas as frustrações causadas pelo livre arbítrio dos homens. E o pior de tudo, é que se for o Deus dos teólogos relacionais, este Deus nem sabe que decisões eles vão tomar.

As dificuldades sentidas pelo Chanceler do Mckenzie, estão obviamente bem pra lá do que seria o debate teológico ali representado, se encontram porém na esfera filosófica que obrigatoriamente terá que colocar onipotência e onisciência concorrendo entre si. Se exagerarmos na onisciência (que embora "oni" pode ainda ser exagerada) parcela da onipotência terá que ser abocanhada, e vice versa.

Mas afinal o que Paulo Brabo disse que deixou Nicodemus assim de calças curtas?

A tática:

Paulo Brabo disse...

Embora não seja oficialmente uma coisa nem outra, preciso discordar: é naturalmente preciso muito mais fé para ser arminiano.
O calvinista tem fé de que tudo vai dar certo porque Deus exerce soberania sobre o que nos parecem, do nosso pobre ponto de vista, decisões independentes dos homens.
O arminiano crê que tudo vai dar certo *apesar* das decisões independentes dos homens. O Deus do arminiano é sensivelmente maior, porque é poderoso o bastante para garantir com absoluta segurança o resultado final mesmo tendo de lidar com as milhões de variáveis imprevisíveis com que tem lidar a cada instante.
Crer nesse Deus maior requer fé maior.

6/1/06 12:20 <--- aqui Helder Nozima

Após desarmar um teólogo do cacife de A. Nicodemus, Paulo desabafa:

A estratégia e o repartir dos despojos:

Posso dizer que compartilho da mesma e perplexa ojeriza às teologizações e apologéticas de alguns herméticos “guardiões da fé”. Pessoas com uma postura que prega e produz uma “ortodoxolatria pura e simples” - a recorrente heresia que afirma que somos salvos pela crença correta - e que não deixa de ser uma espécie de gnosticismo, com todas as suas idiossincrasias. Meu berço religioso navegava nessas águas.

Chega a ser constrangedor acompanhar os malabarismos mentais a que os “neo conservadores calvinistas” recorrem para manter voando a imponderável peteca do seu racionalismo. (…) Meus quinze minutos de glória vieram quando fiz um calvinista concordar comigo, por um momento (ele ainda não me conhecia e não tinha como saber que eu levaria o argumento para o lado oposto), que o Deus do teísmo aberto é necessariamente mais poderoso do que o Deus do calvinismo, por garantir a felicidade do resultado final, abrindo ao mesmo tempo da solução fácil que seria manipular todas as variáveis. (retirado d'aqui)

**Para os que chegaram do Cinco Solas o ponto que Brabo, Nicodemos e eu salientamos – cada um a seu modo - é que, se "Na Escritura, a onisciência divina abrange até mesmo aquilo que é contingente", como diz Carl Henry, Deus não é então o TODO poderoso da Escritura. Ele não seria tão onipotente assim, uma vez que existe outra maneira  de entendê-lo (aceita por tantos cristãos), também lógica, também bíblica e portanto também válida, que lhe conferiria mais poder).

* Todas as citações do (hoje) escritor Paulo Brabo não foram tecnicamente solicitadas e portanto também não tecnicamente autorizadas, para seu próprio constrangimento público.

* Todas as citações do (ontem) escritor A. Nicodemus não foram tecnicamente solicitadas e portanto também não tecnicamente autorizadas, para seu próprio vexame público.

17 comentários:

Helder Nozima disse...

Ok, Roger,

A primeira pergunta básica que um jornalista faria para você e que seus links não respondem é a seguinte:

QUAL O LINK ONDE O AUGUSTUS NICODEMUS DIZ O QUE VOCÊ AFIRMA QUE ELE DISSE?

Helder Nozima disse...

A segunda pergunta é:

POR QUE NÃO TEMOS TODO O DIÁLOGO? VOCÊ VAI FAZER UMA SELEÇÃO CONVENIENTE DA CONVERSA?

Espero que você não ignore que o contexto é fundamental para a compreensão correta da afirmação de Augustus.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Helder, o link está lá, na data logo abaixo do coment do Brabo.
(primeira resposta)

Helder Nozima disse...

A terceira pergunta, meu caro, é a seguinte:

SERÁ QUE O AUGUSTUS NÃO FOI IRÔNICO AO RESPONDER AO SEU AMIGO PAULO BRABO?

O uso de figuras de linguagem pode ser uma arma argumentativa bem interessante.

Ao menos você e o Paulo Brabo são honestos em assumir uma postura pró-TR e agora você mostra, com todas as letras, não crer na onisciência divina e assumir uma postura, nitidamente, herética.

Por isso, e também por uma coerência lógica, afinal, teologia pra vocês nada deve explicar ou afirmar (o que torna impossível debater vocês), só posso dizer que também não posso discutir com você.

Que o Senhor tenha misericórdia de sua alma.

Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

Helder Nozima disse...

Roger,

O link dá no Bacia das Almas.

Helder Nozima disse...

Aliás, Roger,

Vi. Mas dá para colocar algo mais visível do que uma data e um horário? Seria mais claro...e honesto também.

Helder Nozima disse...

Aliás, Roger, mais uma pergunta pra você:

POR QUE NÃO PUBLICAR O COMENTÁRIO TODO?

Paulo Brabo,

Muito legal seu comentário e não posso deixar de concordar com você. Realmente, o Deus dos arminianos tem que ser um super Deus, para conseguir realizar seus planos em meio a todas as frustrações causadas pelo livre arbítrio dos homens. E o pior de tudo, é que se for o Deus dos teólogos relacionais, este Deus nem sabe que decisões eles vão tomar.

PARTE NÃO COLOCADA POR ROGER:
Entrando no assunto por essa porta, você tem toda razão.
Mas a minha porta de entrada foi outra. Eu estava refletindo no fato que o arminianismo parece mais óbvio diante da liberdade que sentimos para decidir no dia a dia. E que diante disto, o calvinista, que sente essa mesma liberdade, precisa andar por fé, e não por vista.

Obrigado pelo comentário!

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Helder,

a única honestidade que eu te garanto (todas demais serão sem garantia, fora da minha e da sua consciência) é que publicarei todos comentários que queiram defender esta ou aquela opnião.

Só não publicarei obviamente palavrões. Esses são direito exclusivo do autor do Blog.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Helder,

Te garanto também responder seus legítimos questionamentos (últimos) sobre minhas escolhas legítimas.

Me limito a dizer que o jornalista é você, e que este post não é uma reportagem embora pareça. O tom jornalísico é proposital e não passa de um artifício. Poderia ter usado o científico ou qualquer outra coisa como o poético e etc.

Mas não entrarei em detalhes agora ou hoje.

Por enquanto te dou mais um tempinho para pensar e tirar suas próprias conclusões, embora eu duvide que elas corresponderão aos fatos, à realidade e às verdades que foram ditas em todos esse Blogs relacionados.

No mais... (acalme-se um pouco, respire fundo e mande mais).

Roger

Renanlf disse...

AEhueUHHUEahueahuea

Eu já não tinha intenções de ler esse blog, vim aqui só pra conferir a resposta a um comentário que deixei, qnd li um post tosco, mas enfim...


Em uns posts atras, você apresenta argumentos pra POR UM FIM ao debate teológico, e não se passou nem uma semana vc esta criando um debate.

=]

Abraços

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Helder vamos ao diálogo impossível do mundo virtual:

Você me pergunta: POR QUE NÃO TEMOS TODO O DIÁLOGO?

O diálogo todo está lá, siga os links.

VOCÊ VAI FAZER UMA SELEÇÃO CONVENIENTE DA CONVERSA?

Sim. Claro!

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Helder você pergunta: SERÁ QUE O AUGUSTUS NÃO FOI IRÔNICO AO RESPONDER AO SEU AMIGO PAULO BRABO?

Não sei. Siceramente não tem como eu saber.
Tudo indica que ele gostou do comentário e concordou de fato com ele. O "Super Deus" não me passa a idéia necessária de ironia, embora possa contê-la...

Você disse: "O uso de figuras de linguagem pode ser uma arma argumentativa bem interessante."

EXATAMENTE! Agora você finalmente me entendeu!

- Não sei se temos uma postura explicitamente pró-TR (eu particularmente conheço da TR tanto quanto do Calvinismo, quase nada - nunca li as institutas por exemplo e nem um livro da TR).

Todavia LIBERDADE e RELACIONAMENTO, são palavras chaves para eu entender Deus. Bem mais importantes do que SOBERANIA. Mas isso não faz de mim um (teólogo) relacional ou liberal (ou adépto dessas teologias).

Helder Nozima disse...

Roger,

Você nunca será um teólogo relacional ou liberal (embora poste um texto pró-TR com entusiasmo) porque você jamais cairá na armadilha de se definir, não é mesmo? Dentro do melhor espírito pós-moderno, por mais que tudo indique que você pertence a um grupo "X", você negará uma afiliação até à morte. Será a sua saída para escapar a todas as críticas feitas ao grupo e sua (vazia) tentativa de mostrar-se independente (ou deveria dizer livre?).

Mas, que a carapuça lhe serve, ah, isso é indiscutível.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Isto é o espírito pós-moderno?
E eu que achava ser minha mineiridade...

Lou H. Mello disse...

Roger

Você conhece aquela história do caipira que vai ao velório de um amigo, se surpreende com todas aquelas velas acesas e pergunta: O cabra não tá morto, então pra que queimá vela boa com defunto morto?

Mas acho que o Brabo desejou jogar uma pá de cal no assunto. Tirou a razão do Tonico e seu calvinismo reformado ortodoxo, tanto quanto do Ed e do Rick com o teísmo aberto deles. Embora ele mesmo tenha municiado os dois, em primeira instância.

Foi sensato da parte dele, agora que foi alçado ao topo, também. Se acontecer comigo, farei o mesmo.

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Ufa... Lou, estava certo que você iria desmacarar minha crítica vertical.

De fato ninguuém gosta mais desse bla-bla-blá, que nao beneficiou ninguém, salvo engano.

Mas não me contive ao (re)descobrir esse texto com toda a boa e velha irreverência e genialidade brabariana.

Saudações,

Roger

O Tempo Passa disse...

Eu devo ser muito burro: consigo ver a possibilidade de ambas as posturas estarem simultaneamente certas e erradas (dependendo da temperatura, umidade, velocidade do vento, etc).
Pra mim, Deus sempre foi tudo isso e mais um pouco. Eu é que sou burro mesmo por não conseguir enxergá-Lo tal como é. Talvez Jó 42.5 ainda possa ser aplicado a mim, oxalá, um dia!
Vc continua cutucando com vara curta...