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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Rosa de Hiroshima – 65 anos

Nos dias 6 de agosto e 9 de agosto de1945 Força Aérea dos Estados Unidos da América na ordem do presidente americano Harry S. Truman Bombardearam Hiroshima e Nagasaki. Estes foram os únicos ataques nucleares ocorridos na história da humanidade.

Crê-se que o número total de habitantes mortos poderá ter atingido os 320.000, incluindo aqueles que morreram, nos meses posteriores, devido a envenenamento radiativo.

Um dos críticos proeminentes dos bombardeios era Albert Einstein. Leo Szilard, um cientista que tinha um papel fundamental no desenvolvimento da bomba atômica, argumentou:

Se tivessem sido os alemães a lançar bombas atômicas sobre cidades ao invés de nós, teríamos considerado esse lançamento como um crime de guerra, e sentenciado à morte e enforcado os alemães considerados culpados desse crime no Tribunal de Nuremberg.

O seu uso tem sido classificado como bárbaro, visto que cem mil civis foram mortos instantaneamente, e as áreas atingidas eram conhecidas por serem altamente povoadas por civis. Nos dias imediatamente anteriores ao seu uso, vários cientistas (inclusive o físico nuclear americano Edward Teller) defendiam que o poder destrutivo da bomba poderia ter sido demonstrado sem causar mortes.

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Composição: Vinícius de Moraes / Gerson Conrad

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