Há sim um Deus maior. Há sim um Deus melhor. Há um outro Deus tão grande e bem maior que nosso Deus. Adoremos então esse outro Deus!
Se pensamos em nosso Deus, sob o prisma do típico e tradicional formato calvinista, veremos que o outro Deus é bem maior do que se quer imaginávamos. Explico, é bem simples:
Sob o formato calvinista Deus é onisciente, portanto conhece tudo, inclusive todo o futuro. Ou seja, Deus possui presciência. E é exatamente aqui, nessa jogada filosófica com o intuito de alargar os poderes divinos, que nosso Deus, contraditoriamente, é reduzido - Procura-se urgentemente por um Outro Deus maior!
Por que a presciência diminui nosso Deus?
A presciência parte de um conceito abstrato como “futuro”, tenta concretizá-lo e encapsula Deus dentro dele. Normalmente tenta-se traçar certos limites ao futuro, e concebê-lo num formato fechado. Preste bastante atenção, não estou dizendo fechado somente na linha do tempo, mas em todos os aspectos. Na linha do tempo imaginamos que o futuro se estenda ad infinitum, ou que atraca em uma espécie de nirvana, estado espiritual chamado “glória” ou “eternidade” que irá por fim à dimensão temporal. O futuro seria assim, de uma forma ou de outra, essa linha com curso determinado, portanto finita, ou este ponto final eterno, e portanto finito. Ou seja, o conhecimento de Deus sobre o futuro está limitado a esse limitado futuro, seja o de um conceito ou do outro.
Se pensarmos ainda em outros aspectos que envolvem o futuro - além da questão da medida de tempo e sua extensão - perceberemos o grande risco que é querer limitar o futuro. Todos os movimentos futuros, as atividades físicas, sociais, do espírito, e etc, formam um complexo de possibilidades, as quais só fazem sentido, enquanto futuro, num todo, como tais, possibilidades. Na medida em que tomamos esse conjunto de possibilidades e queremos tratá-lo como “realidade” do futuro, elas deixam de ser possibilidades e viram fatalidades.
Um Deus que pré-conhece um conjunto (limitado) de fatalidades é bem menor do que um outro Deus que não pré-conheça, mas está sempre a conhecer um conjunto a cada momento novo de infinitas possibilidades futuras.
Esse outro Deus não é só maior porque sua capacidade cognitiva seja estrondosamente maior, mas porque sua capacidade criadora também é absurdamente maior. Nosso Deus criou um futuro limitado, e seu conhecimento é limitado por esse futuro. Esse outro Deus é criador de um futuro diverso, abstrato e aberto, e seu conhecimento vai além desse futuro.
Adoremos portanto humildemente esse outro Deus.
4 comentários:
Sou politeísta: adoro os dois... em um só Deus, maior ainda!!!!
Na verdade isto é uma heresia, chamada de Teísmo aberto. É muito facil destruir a sua falácia, de que o conhecimento de Deus do futuro é limitado. Não, o conhecimento de Deus do futuro não é limitado, mas sim completo! Deus conhece todo o futuro, e não só o conhece como é autor e consumador de todo o futuro, afinal N'Ele tudo subsiste!O Deus que vc apresenta é que é limitado! Afinal, o que você propõe é um Deus limitado, que não atua, que espera que nós atuemos por ele. Podemos nós, simples criaturas perguntar ao nosso criador: Por que me fizestes assim?
Então, aprenda que Deus é poderoso sobre todas as coisas!
Ora pois é a onisciência de Deus o seu unico atributo? Não se isola um atributo de Deus, sem levar em consideração os outros, e monta-se uma falácia em cima disso! Se quer mesmo convencer as pessoas, use base biblica!
Caro Yuri,
mas esse é meu ponto: você quer completar algo que não se completará nunca, que é infinito, portanto ilimitado: o tempo.
Não limite o tempo.
Não limite Deus.
Comos explicas então as profecias do antigo testamento que apontavam para o futuro, para cristo? Como explicas a revelação de Deus no livro do apocalipse? Como explicas o fato que nem falei e ele já conhece as palavras que eu falarei?
Temos um Deus que soberano, que de forma soberana rege o universo em todas as proporções. É isto que a biblia diz e nada mais... Qualquer coisa além da soberania do Grande Deus, que é Onipotente, Onisciente e Onipresente é pura heresia.
Postar um comentário