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terça-feira, 18 de junho de 2013

Mansidão que só revela covardia

"É nossa tarefa como cristãos (evangélicos ou não), que amamos ao Senhor, nos posicionarmos firmemente contra os absurdos que acontecem dentro ou fora do meio eclesiástico. Onde está nossa ira santa? Nosso zelo? A mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis. Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de conduta. Nos contentamos em orar, em pregar ou escrever sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação concreta. Ou ainda quando agimos, faço isso isoladamente, tranquilizando minha consciência achando assim que “fiz minha parte”. Antes não entedia bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe uma grande diferença entre o nosso Senhor e Gandhi. Não podemos mais ficar nos escondendo atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam com suas vidas. Uma teologia inteligente e coerente que leve à prática é o que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo e os crimes hediondos que nele ocorrem. E somente bem organizados é que conseguiremos agir eficazmente contra os pecadões que estão se alastrando pelo nosso Brasil a fora."
 
O trecho acima foi publicado em 2007 aqui A grande diferença entre pecadinho e pecadão, não seria estranho constatarmos que o percentual de evangélicos engajados em protestar hoje pelas ruas do Brasil é bem inferior a seu percentual na população brasileira. Dito de outra forma, há uma grande parcela de evangélicos, conservadores, que só quer manter o status quo, pois suas lideranças assim os orientam, embasados em uma teologia suspeita e tendenciosa. Podem até dizer serem contra esse ou aquele governo, mas no que diz respeito às mudanças radicais que o Brasil precisa, são então coniventes com as instituições que aí estão para garantir que nada mude.
 
Nada garante-nos que os protestos desses dias terminarão em algo bom. E ninguém precisa dessa garantia. O que basta é não nos calarmos e com coragem e sã consciência exigirmos que seja feito justiça, com justiça, nesse país.
 
Em matéria de justiça, ninguém melhor do que o cristão (autêntico) para contribuir, na demanda por, e em sua implementação. Pois justiça será bem mais que uma fórmula matemática, ou a proclamação de setenças no judiciário. Justiça é a mão de Deus em toda sua bondade e benigidade estendida para todo e qualquer homem.

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