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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Quem não tem pecado atire a primeira pedra

Política é um tema que nos envolve. É um tema corriqueiro na Bíblia. Dificilmente um indivíduo adulto conseguirá fugir dele, e se assim o fizer, isso já é uma atitude política.

Mas nós, e creio somos maioria, o encaramos. E procuramos abordá-lo à luz do Evangelho.

Creio que você concordará comigo que, hoje no Brasil, existe uma batalha sendo travada nas regiões celestiais. Potestades da mentira, da desonestidade, do desamor, da ganância, enfim, forças diabólicas teimam em fincar as garras nesse povo, dito cristão. Mas há uma resistência. A igreja, em sua função sacerdotal, intercede e se posiciona nessa hora. Usando suas armas, oração, justiça, proclamação do evangelho e da Palavra tentamos derrubar falsas ideologias. Se o Reino de Deus (pelo qual oramos em uníssono que venha a nós) se achegar um pouco mais a nós brasileiros, teremos vencido essa batalha. E veremos um Brasil melhor, de fato, mais cristão.

Nesse momento o debate é um só, a saber, seria Dilma uma vítima ou uma vilã? Esse é o ponto nevrálgico de toda essa batalha política a ser entendido e solucionado. O debate gira em torno dele.

Talvez Dilma nem seja assim tão santa, e tenha feito uma ou outra coisa errada, mas quem poderia condená-la?

Em português bem claro: a prostituta jogada aos pés de Jesus, deve ser apedrejada pelos adultérios que cometeu, ou mais uma vez absolvida, tendo em vista não haver ninguém isento de pecado capaz de atirar a primeira pedra?

A mudança de paradigma, todavia, reside em vermos a sociedade brasileira como a adúltera. Não Dilma. Os políticos (o governo) é que são os acusadores. Então o jogo vira. A perspectiva muda diametralmente. Dilma não é a vítima, mas a vilã.

Pois nos lábios de Chico Buarque e outros, Dilma é pessoa idônea. Então os pecadores são a população, povo e elite que, pegos em adultério não conseguem mais manter-se fiel à sua presidenta eleita.

Quem carece de graça e perdão são os brasileiros, o povo, a sociedade. O governo representa o apedrejamento, a punição, o flagelo. Prolongar o mandato da senhora Dilma é o mesmo que dizer, “cada povo tem o governo que merece” e o Brasil não merece nada melhor do que isso. Que pague pelos pecados que cometeu!

Os parlamentares petistas e sua militância (de manobra) estão em pé com as pedras em punho. O eleitor deitado no solo árido da vida. O sol queima-lhe a fronte. A lei manda que o povo pague pela falha que cometeu e espere até o próximo pleito. "Toda oposição deve ser massacrada de vez, use-se as pedras maiores contra ela. Esses fascistas! Elite! Coxinhas!"

Que moral ainda resta ao PT para assim agir? Que Moral teria Dilma para acusar a oposição de ser golpista? Que moral ela tem para falar da imprensa livre? Que moral ela tem para impor ao brasileiro mais peso tributário? Que moral ela tem para executar qualquer política, desde econômica até a de saúde ou esporte? Todas essas manobras (que não são políticas), não são baseadas em nenhum programa, são meras articulações pragmáticas para se manter no poder, onde a principal vítima é o povo.

Quem, como ou o quê sucederá Dilma, são perguntas a serem respondidas com a devida calma e serenidade no momento oportuno. As opções não são muitas, são as previstas na Constituição. Caberá à Nação saber se reerguer, reinventar e dar com firmeza um passo após o outro, nessa transição.

O povo brasileiro precisa ser perdoado. Ele cometeu sim um erro ao reeleger Dilma. Mas não precisa mais pagar por isso. Nós nos perdoamos. Deixemos Dilma ir, e não pequemos mais.

Um comentário:

O Tempo Passa disse...

"o Brasil não merece nada melhor do que isso"...
Que isso, mano?!?!?!
Claro que o Brasil merece coisa melhor!!!!
Por isso sou contra o impeachment: caso ele aconteça, nada melhor ocorrerá no país, ficaremos na "lesma lerda".
Dizem que impeachment vai chacoalhar o Brasil e a classe política...
Vai nada!!!!
Espere... quem viver, verá.