As bases vagas dessa enquete dizem respeito ao substantivo que esses adjetivos qualificam:
Seria a política, a economia ou a teologia?
Os cristãos são politicamente conservadores ou mais liberais? Qual a opinião em geral relacionada à união civil de homossexuais? Qual a posição frente ao aborto, eutanásia, pesquisa com células tronco? Existe uma tendência em se reforçar a liberdade individual, ou em fomentar o controle do estado sobre a coletividade?
Seríamos economicamente liberais ou mais conservadores? Sei que conservadorismo não se aplica assim tão diretamente às ciências econômicas, mas o liberalismo é claro: menos intervenção do estado! Deixe que o mercado se regule por ele mesmo! A atual crise mostra que isso é uma ilusão... Talvez nunca existisse um liberal puro. Até que ponto quereria um estado forte que interviesse na distribuição de renda? Sei que isso não é ser conservador, mas gostaria de entender esse termo assim: um estado como agente econômico em prol do povo. O que nós evangélicos anelamos, uma economia livre ou uma estatizada?
E nossa teologia? Liberal ou conservadora? O que interfere em nossa teologia colocando limites a ela mesma? O que a conservaria em moldes rígidos impedindo-a de se desintegrar? Nossas lógicas e teses e hipóteses relativas à religião e a Deus estão baseadas na Bíblia, na interpretação da Bíblia, na tradição ou na experiência? O que tem nos desafiado a buscar novos horizontes e romper paradigmas? Ou o que tem nos chamado aos primórdios, ao retorno para o Evangelho original e puro? Elas tem nos feito mais liberais ou mais conservadores?
E você? Em quais aspectos ou situações você se consideraria mais conservador ou mais liberal?
3 comentários:
Eu votei em "Conservador" na enquete. Mas será que a mentalidade desses crentes não seria um tanto quanto secularizada, ou seja, liberal? Acredito que muitos dos conservadores são conservadores na "marra". Ou seja, pensam como liberais*, mas lutam dentro de si para acreditar no que não acreditam.
*Por liberalismo eu entendo tudo que é contrário à tradicional fé cristã - relativismo, pluralismo, opiniões sobre sexualidade e por aí vai...
Caro Vítor,
pode ser que as pessoas vivam um dilema mesmo, sem um bom discipulado fica difícil se firmar nas doutrinas e valores verdadeiros. Mas todos somos provados para que a fé seja purificada.
De alguma forma meu conceito de liberalirismo tem a ver com a descrença da ressurreição de Cristo. Sei que na Alemanha existem pastores luteranos (e dizem que são muitos) que não são crentes.
Mas problema com doutrina sempre existiram no seio da igreja (gnosticismo, arrianos e etc.).
Abraços fraternos,
Roger
Olá Roger,
e demais leitores,
Estou escrevendo pela primeira vez por aqui.
Não sei exatamente o que você quis dizer com "pastores luteranos que não são crentes", ao ligar esse fato ao liberalismo teológico. Bem...
... eu faço parte de um segmento, feliz ou infelizmente, da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (a IELB) e a teologia liberal dentro do luteranismo, até onde sei, realmente veio da Alemanha, e por aqui se impregnou na nossa igreja irmã a IECLB (Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil). Ainda que seja um movimento menor em número, ele causa bastante divergência senão quase uma divisão por lá.
Essa divisão está pautada principalmente no entendimento divergente sobre a Bíblia para o cristianismo e sobre como, então, interpretá-la. Para os liberais a Bíblia não é a Palavra de Deus mas a contém, porém, partindo dessa visão a contextualização e aplicação dos ensinamentos contidos na Bíblia passam a ser muito diferentes daqueles que, como eu, como a IELB, e grande parte da IECLB, crêem na Bíblia como Palavra de Deus.
Assim, compreendo a teologia liberal, e a considero bastante perniciosa para a compreensão da obra de Deus em cristo, da ressurreição, e da segunda vinda de Jesus, entro outras tantas questões. O principal problema entre "liberais" e o restante dos cristãos "fundamentalistas" por assim dizer é que a teologia não possui a mesma base de interpretação e abordagem. Conseqüentemente, na medida em que o tempo passa, me parece que tendem a tornarem-se cada vez mais opostas.
.um grande abraço.
.Rahel.
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