Costumo dizer que Guarapari é minha cidade natal.
Nasci, de fato, na capital mineira no ano de 1970 da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando o Brasil ganhava o tricampeonato mundial e no exato dia quando papai fazia seus 38 anos - minha idade hoje.
Todavia, mal chegava dezembro trazendo suas chuvas a Belo Horizonte, já estávamos de malas, frasqueira e trouxas prontas para a viagem de verão. O meio de transporte foi inicialmente uma Vemaguete bege, que passou para um Fusquinha e depois uma Variante azul que custou a variar para uma Brasília. Aí então a família que éramos seis passou para somos sete, e o percurso pela esburacada e desbarreirada BR 262 passou a ser feito ora via Itapemirim, ora via São Geraldo.
E lá bem pertinho do mar, nas praias capixabas comemorávamos nosso Natal. Escrevíamos para e recebíamos carta de Papai Noel. Fazíamos nossa novena de forma religiosa e obrigatória, encenávamos nossos teatrinhos e íamos à missa.
Com o passar das décadas Guarapari tornou-se o ponto oficial de encontro da família de papai e no Natal tínhamos grandes comes e bebes e altos bate papos com tios, primos, irmãos e pais.
Me lembro raramente dos natais que passei fora de Guarapari. Digo Natais de verdade, com letra maiúscula, pois somente na infância é que vivenciamos natais deste naipe.
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