Se por um lado a parábola do tesouro escondido parte do pressuposto que o acaso ou providência divina leva o homem a praticamente tropeçar em um tesouro de grande valor; já a parábola da pérola, por outro lado, faz do achado o resultado de uma busca diligente. Ambas situações porém convergem para um ponto comum, que é a primeira conseqüência do então precioso achado, o despojar-se.
Ao contrário do que comumente pode-se pensar, frente ao precioso achado, as demais coisas não perdem seu valor, muito antes pelo contrário, elas assumem valor (através da venda) para a aquisição do achado. Em outras palavras tudo aquilo que é de valor para aquele indivíduo será destinado para aquisição de algo mais precioso. Ou ainda, aquilo que possuia valor como fim em si mesmo, agora passa ser meio para se alcançar outro fim mais nobre: a conquista do Reino dos Céus.
Na media que o Reino achega-se a mim sou forçado a abrir mão do que antes me era valoroso para tomar posse de mais parcela do Reino; na medida que eu me achego ao Reino, o mesmo acontece. Não importa se é Deus que se move em minha direção ou se sou eu quem me aproximo, não importa quem mexe a primeira peça no jogo, o resultado é o mesmo: despojamento para adquirir mais desse Deus e seu Reino.
5 comentários:
Roger,
Estou aqui para discordar, para variar.
Monergismo e sinergismos não levam ao mesmo lugar. Simplesmente porque, em se tratando de novo nascimento, o sinergismo não leva a lugar nenhum.
Claro que nem todo o processo de salvação é monergístico. Mas Deus sempre joga com as peças brancas...
Em Cristo,
Clóvis
Editor do Cinco Solas
Clóvis,
quem dera se fosse só vc que entrasse aqui para discordar...
Não estou bem certo se Deus joga só com as pedras brancas. E as azuis, verdes e amarelas? Isso sem falar nas pretas também, lógico.
Abrçs,
Roger
Quisera eu ter a claridade e coragem para agir/reagir ao movimento de Deus em direção ao Seu Reino. Não passo de um loser congênito. Mas persisto!!!
Armínio e Calvino podem estar tratando a soteriologia em âmbitos diferentes e não conflitantes como se dá no caso da justificação pela fé ou pelas obras dissertadas por Paulo aos Romanos e Tiago.
É Roger, pelo visto você quer mesmo relativizar todos os "ismos" da teologia cristã.
E faz muito bem!!!!!!
Mas importante que as teologias, que são produtos de especulação filosófica e que só contribuem para separar calvinistas, arminianos, milenistas, pós-milenistas, etc, etc, é a VIDA!!!
A vida em sua plenitude e em sua beleza; a vida na sua dor e na sua alegria; a vida que se move pelo Deus que habita em mim e que não pode ser esgotado por nenhum sistema teológico, mas que me leva tão somente a viver e ser um referencial do que seja viver vida abundante.
O que está para além disso é pura especulação; boa para o exercício intelectual, mas com pouco valor para os "bons samaritanos".
abraço
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