Páginas

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Como fechar a porta do Reino

1776669[1] Nós evangélicos convivemos bem e desavergonhadamente com muitas heresias; talvez a principal e mais bem aceita delas é a oração para "convidar Jesus para entrar no coração".

Já nós católicos não hesitamos em confessar, não menos, hereticamente que Jesus é transubstanciado na hóstia sagrada. Esse milagre é o nosso mistério da fé.

De alguma forma se (des)popularizou no meio evangélico, que a passagem em Apocalipse 3:20, onde Jesus diz bater à porta, não é para indivíduos mas para igrejas, não é para não crentes, mas para crentes. Todavia ainda resta a mentalidade profana de proclamar que Jesus, ou seja, Deus, possa não estar presente em todos os lugares. Assim Ele, o onipresente, é banido impiedosamente pelos crentes do coração dos nãos crentes.

No catolicismo o caminho é inverso, se aproximando bem do panteísmo. Deus é tão onipresente que, Ele não somente mostra-se presente nas moléculas do pão e vinho, mas Ele mesmo faz-se as moléculas do pão e vinho. Assim, esse Jesus, o do oratório e da hóstia consagrada, torna-se disponível para ser comido, digerido e absorvido pelos crentes (católicos), mas permanece vedado aos descrentes.

Leia também: Quem quiser aceitar a Cristo, estenda a sua mão!

Um comentário:

Eduardo Medeiros disse...

Bem observado, roger. Mas os evangélicos convivem com muitos outros mitos que eles reputam por verdade factuais e incontestáveis.

Não sou contra o mito, já que o mito é a linguagem da religião por excelência. Sou contra os que levam os mitos ao pé da literalidade como nos exemplos citados.

Mas aí, os mesmo vão dizer que declarar que há mitos e símbolos nas narrativas bíblicas é heresia...