Quem é meu inimigo? Os favoráveis ao aborto? O produtor de Hollywood que polui nossa cultura? O político ameaçando meus princípios morais? O traficante que domina o centro de minha cidade? Se o meu ativismo, ainda que bem motivado, expulsa o amor, então eu entendi mal o evangelho de Jesus. Estou apaixonado pela lei, e não pelo evangelho da graça.
As questões que desafiam a sociedade são centrais. Talvez uma guerra cultural seja inevitável. Mas os cristãos devem utilizar diferentes armas nas guerras, as "armas da misericórdia", na maravilhosa frase de Dorothy Day. Jesus declarou que deveríamos ter um sinal diferencial: não a correção política ou superioridade moral, mas o amor. Paulo acrescentou que sem amor nada do que fazemos — nenhum milagre da fé, nenhum brilho teológico, nenhuma chama de sacrifício pessoal — terá valor (1 Coríntios 13).
Philip Yancey em Maravilhosa Graça
4 comentários:
Incrível com tem gente abençoada que consegue escrever o que de nossos corações não conseguimos traduzir...
beijos para toda familia !
Parabéns pelo post. Bom seria se esta consciência se apoderasse de todos participantes do processo eleitoral brasileiro.
Este sinal - que não é a correção política, nem a superioridade moral - apresenta um desafio: encontrar os meios de expressão que não se confundam nem com licenciosidade, nem com sentimentalismo, nem com ativismo, nem com "blá-blá-blá" inócuo.
Não é fácil, por isto mesmo, é o caminho.
A gente cansa de ouvir discursos sobre o Evangelho e pessoas pregando sobre o amor, afinal é cada vez mais escasso o cristão que deseja encarnar o Evangelho na vida dos outros e viver o amor. No fim das contas, os mesmos que vociferam contra a intolerância, são os mesmos que a praticam.
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