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terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Reforma é anti-bíblica (5)

John_Calvin

E assim chegamos ao último ponto da série e dos Solas.

4) Menos Glória a Deus – serei bem sucinto neste ponto para evitar qualquer mal entendido e assim irei diretamente ao assunto: Jesus odiou a hipocrisia. Ele combateu e fugiu desse fermento, tão presente tanto na política como na religião.

Lamentavelmente a ênfase da Reforma, tão importante naquela época, desembocou hoje num rio comercial de vaidades, fanatismo e ufanismo. Por quê? Pois há ignorância em relação ao verdadeiro significado do que seja “glória”, em especial relacionada à divindade.

Se a igreja evangélica no Brasil, hoje, desmontasse toda a estrutura que construiu em função de uma suposta “para a Glória de Deus” (templos, gráficas e mídias, seminários, ONGs, gravadoras e etc.) e então começasse algo novo em função somente do Reino de Deus e de sua justiça, experimentaríamos então um novo tempo como nação e povo de Deus. Não seria um desmonte necessariamente físico, mas na mente, no coração, na alma. Temos que entender que nosso grande marco não se localiza há 500 anos, na Reforma, mas bem antes, na chegada do Reino de Deus.

Se você ainda não se convenceu daquilo que estou tentando comunicar nessa série só me resta um último argumento. Em breve estaremos comemorando o Natal. Entre em uma igreja em que houver um presépio. Observe a cena ali representada. Tente observar friamente aquela família judia, ainda que já nos acostumamos tanto com o romantismo e calor daquela situação. Atente para a simplicidade, dores e fatalidades daquele acontecimento. Veja que evidentemente na "aparência exterior" há menos fé, menos escrituras, menos graça, menos Cristo e menos Glória divina. E é justamente por causa destes “menos”, que ali, naqueles personagens (especialmente no bebê) estão presentes ainda que de forma oculta, porém transbordante, se não plenas: a Fé, as Escrituras, a Graça, o Salvador, e a Glória de Deus.

Enfim, pare de tentar reformar o velho, absorva e seja absorvido sem reservas pelo novo!

Leia também A Reforma é anti-bíblica (1), (2), (3) e (4)